Os investidores devem aumentar suas posições em ações da Embraer (EMBR3), à medida que se aproxima o Paris Air Show de 2023, evento do setor de aviação que ocorrerá no meio de junho, segundo o J.P. Morgan. O banco norte-americano espera uma grande quantidade de novos pedidos, o que impulsionaria o preço da companhia fabricante de jatos.
De acordo com relatório do banco, a Embraer tem anunciado em média 40 novos pedidos durante as Air Shows, considerando os dados a partir de 2017. Para este ano, os analistas do J.P. Morgan esperam que os pedidos da Embraer devam ficar dentro da faixa do ano passado, anunciando entre 30 e 50 novos pedidos.
Levando em conta os recentes anúncios de companhias aéreas da Ásia-Pacífico, como a SKS, da Malásia, e a Scoot, em Cingapura, os analistas da instituição financeira projetam em uma maior diversificação de clientes para a Embraer, pois os três maiores clientes e os cinco maiores clientes juntos representam 53% e 70% do backlog (carteira de pedidos firmes) de aviação comercial da companhia, respectivamente.
Nesta terça-feira (13), as ações da Embraer avançaram 2,08%, cotadas a R$ 20,08.
Embraer (EMBR3) gastou R$ 806 mi em acordo frustrado com Boeing
A Embraer (EMBR3) já desembolsou mais de R$ 806 milhões com o negócio fracassado com a Boeing. Mesmo após o rompimento do acordo há 3 anos, a companhia brasileira segue gastando.
Nesse sentido, a Embraer cobra o ressarcimento da companhia americana pelo rompimento do acordo. Entretanto, a companhia alerta seus investidores que pode não receber o aporte de volta, como inclusive ser obrigada a “pagar danos monetários significativos à Boeing”.
O portal “InfoMoney” apurou os valores através das demonstrações financeiras da Embraer dos últimos seis anos e dos documentos públicos depositados na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e na SEC (Securities and Exchange Comission).
Além disso, a companhia brasileira passou a não citar o nome da Boeing em seus balanços, principalmente a partir de 2022. Desse modo, a quantia milionária desembolsada pela Embraer, não serviu apenas para segregar a sua divisão comercial, como também para reincorporá-la, depois que o acordo fracassou. Vale ressaltar que a empresa receberia US$ 4,2 bilhões por 80% da nova empresa e ficaria com os outros 20%, se ele tivesse sido concluído.