Setor de aviação

Embraer (EMBR3) pode voltar a distribuir dividendos em 2025

Após a divulgação dos resultados, nesta segunda (18), as ações da Embraer estão entre as mais negociadas da sessão

Embraer
Foto: Embraer / Divulgação

O CEO da Embraer (EMBR3), Francisco Gomes, destacou nesta segunda-feira (18) que o ano de 2023 foi considerado “marcante”, marcando o início de um novo ciclo para a empresa.

No entanto, os desafios persistem, especialmente relacionados aos obstáculos nas linhas de produção, como a disponibilidade de materiais para a fabricação das aeronaves, que podem continuar ao longo de 2024.

“Sobre jatos executivos e (aeronaves) comerciais, nós fizemos o plano para esse ano levando em conta os compromissos dos fornecedores (que são) gargalos para nós, como, por exemplo, motores”, afirmou o executivo.

“Nós fizemos um plano com base nesses compromissos”, acrescentou Gomes, durante teleconferência com analistas.

Ao comentar os resultados do quarto trimestre de 2023 (4T23), quando registrou lucro ajustado de R$ 350 milhões, o executivo ressaltou que: “Claro que durante o ano tem os riscos deles atrasarem como aconteceu nos anos anteriores”.

“Mas acho que a gente está bem calibrado, para a produção e entregas dentro dos limites do guidance”, complementou o executivo.

Ações da Embraer

Após a divulgação dos resultados, nesta segunda-feira (18), as ações da Embraer estão entre as mais negociadas da sessão.

Por volta das 13h20, os papéis recuam 1,34%, cotados a R$ 28,71, em um movimento de correção e realização, após bater logo após a abertura do pregão nos R$ 30.

Dividendos em 2025 é um “sonho”

Em meio ao entusiasmo gerado pelo aumento das encomendas da empresa, a Embraer anunciou a possibilidade de retomar o pagamento de dividendos no próximo ano.

“A gente ainda tem prejuízos acumulados. Então, a gente precisa de 2024 e um pedaço de 2025 para zerar o prejuízo. Sendo assim, a empresa está qualificada a voltar a pagar dividendos, que é o nosso plano e nosso sonho para 2025”, disse o CFO Antonio Carlos Garcia a analista.

“Sobre quantidade de pagamento de dividendos, a gente não chegou lá ainda, pois estamos revendo nossa política. A gente hoje tem uma política que é muito simples de 25% do lucro líquido no período, mas a gente está fazendo uma revisão até para desenhar o futuro da companhia”, ressaltou.

“Então, no geral, 2025 (para pagamento de dividendos), mas a primeira fronteira é zerar o prejuízo acumulado que ainda existe”, finalizou Garcia.