Os analistas da Empiricus recomendaram a venda das ações do Nubank (NUBR33), e preveem uma queda de até 70% no ativo. Desde sua estreia na Bolsa de Nova York, a roxinha já perdeu mais de US$ 10 bilhões em valor de mercado, deixando de ser o banco valioso da América Latina, e com seus papéis acumulando queda superior a 30%.
O principal ponto levantado pela Empiricus é a dificuldade do Nubank em monetizar seus clientes. Boa parte dos serviços oferecidos pela fintech são gratuitos e o perfil de renda dos clientes da roxinha é mais baixo que o dos bancos tradicionais, com uma participação bem maior das classes C, D e E.
Além disso, os analistas destacam que a faixa etária dos clientes do Nubank também é menor que a dos grandes bancos, levando a um perfil de clientes que tradicionalmente não dispõe de muito dinheiro para investir.
A casa de análise também afirma que a taxa de inadimplência da companhia não tem os calotes 100% refletidos. Enquanto isso, a carteira de crédito vem crescendo, e a taxa de inadimplência pode estar distorcida para baixo. Além de que dificilmente o Nubank passará ileso da crise, com a provável alta da taxa de juros e da inflação.
Por fim, algo que foi motivo de críticas de muitos especialistas do mercado, o valuation “excessivo” do Nubank. A precificação da roxinha a tornou o banco digital mais valioso do mundo e o banco mais valioso da América Latina, algo inédito para uma companhia que não possui histórico na Bolsa e que, até então, não registrava lucros em seus balanços financeiros.
A analista, Larissa Quaresma, sugere realizar uma operação “short” para as ações do Nubank, podendo fazer o investidor ganhar dinheiro com a desvalorização do papel.
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