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Após apagões em SP, Enel anuncia novo CEO no Brasil

Quem assume é Antonio Scala, executivo que está há 18 anos na companhia

Nicola Cotugno vai deixar a presidência da Enel no Brasil. O anúncio foi feito pela empresa nesta quinta-feira (23). Quem assume é Antonio Scala, executivo que está há 18 anos na companhia.

Cotugno já havia anunciado a saída antes mesmo do apagão que deixou 2 milhões de pessoas sem luz em São Paulo e envolveu a empresa em uma crise. Em reunião do Conselho de Administração da empresa no dia 26 de outubro, o executivo informou que se desligaria do grupo para se aposentar.

“A saída de Cotugno foi definida em reuniões de Conselho das distribuidoras e da Enel Brasil em outubro. Para apoiar o processo de substituição e as recentes contingências, o executivo prorrogou a sua saída para 22 de novembro. Até que sejam concluídos os trâmites administrativos necessários para nomeação de Antonio Scala, o presidente do Conselho de Administração, Guilherme Gomes Lencastre, assumirá a posição de forma interina”, informou a empresa, em nota.

Procon multa Enel em R$ 12,7 milhões por falta de luz em São Paulo

O Procon multou a Enel, concessionária responsável pelo fornecimento elétrico na Grande São Paulo, em R$ 12,7 milhões por “má prestação” e interrupção no serviço contínuo de energia.

Segundo o Procon-SP, foi constatado que, na rede sob operação da Enel, “um grande contingente de consumidores ficou sem energia elétrica por mais de 48 horas, desde o dia 3 de novembro”.

Na ocasião, um temporal provocou a morte de ao menos seis pessoas, derrubou árvores e deixou mais de 2 milhões sem luz na Grande São Paulo.

Para o órgão, a demora para a Enel conseguir restabelecer a luz em diferentes regiões paulistas caracteriza infração por “não fornecimento dos serviços de sua competência de forma adequada, eficiente, segura e contínua”.

A multa aplicada tem o valor máximo previsto no Código de Defesa do Consumidor, de acordo com o Procon-SP. Em número absoluto, a cifra é de R$ R$ 12.793.962,68.

“A medida também acontece após a empresa ser notificada, já nos primeiros dias em que o fornecimento foi interrompido, e apresentar seus argumentos”, diz o órgão.

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