Prazo de 18 meses

Eneva (ENEV3) vai recomprar até 50 milhões de ações

Segundo a empresa o programa pode proporcionar aos acionistas um aumento do percentual de participação da companhia

Eneva
Eneva / Divulgação

A Eneva (ENEV3) aprovou um programa de recompra de até 50 milhões de ações, segundo fato relevante publicado pela empresa neste domingo (5). Nesta data, o total era equivalente a 2,587% das ações totais emitidas pela companhia e a aproximadamente 2,593% do total de ações em circulação.

De acordo com o comunicado, o programa pode proporcionar aos acionistas um aumento do percentual de participação da companhia, no caso de cancelamento das ações que vão ser mantidas na tesouraria.

“O programa visa maximizar a geração de valor para o acionista por meio de uma administração eficiente da sua alocação de capital, considerando o potencial de rentabilidade de suas ações, de forma a proporcionar maiores retornos futuros para seus acionistas”, justificou a empresa.

O prazo máximo para a aquisição de ações no programa de recompra é de 18 meses, a partir de domingo (5). Cabe à Diretoria Executiva da empresa definir as datas em que a
recompra será efetivamente executada.

Impacto desproporcional nas ações da Eneva (ENV3) é avaliado pelo BTG

As ações da Eneva(ENV3) registraram uma queda expressiva superior a 9% no pregão anterior, após especulações sobre a exclusão da empresa do próximo leilão de capacidade para térmicas e hidrelétricas. Segundo análise do BTG, a reação negativa no mercado foi desproporcional em relação à situação.

A corretora ressalta que, mesmo com a recente desvalorização, as ações da Eneva continuam atrativas. Atualmente, elas estão sendo negociadas a uma relação preço/lucro de 8 vezes, um número considerado bastante competitivo em comparação com a média do setor. Para o BTG, isso reflete uma oportunidade interessante de investimento, apesar das incertezas que permeiam o mercado.

Cenário do leilão de capacidade

O leilão de capacidade é um evento estratégico para empresas de geração de energia, especialmente térmicas e hidrelétricas. No entanto, a participação da Eneva foi questionada devido a possíveis mudanças nas regras do certame. Apesar disso, a corretora destacou que a exclusão não altera substancialmente a trajetória de longo prazo da companhia, que mantém um portfólio diversificado e sólido no setor energético.

O BTG também apontou que, mesmo que a Eneva não participe do leilão, sua posição de mercado e seus ativos de geração térmica continuam sendo pilares de sua estratégia. Além disso, o impacto das mudanças regulatórias tende a ser mitigado ao longo do tempo, com ajustes em sua atuação operacional.