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Eneva (ENEV3) envia proposta não-vinculante para fusão com Vibra Energia (VBBR3)

Proposta contempla a incorporação de ações da sociedade Eneva pela Vibra ou outra estrutura a ser estabelecida de comum acordo

A Eneva (ENEV3) comunicou ao mercado, na noite de domingo (26), que submeteu uma proposta não-vinculante de combinação de negócios ao conselho de administração da Vibra Energia (VBBR3).

De acordo com a proposta, inicialmente válida por 15 dias, a empresa resultante seria a principal distribuidora de combustíveis no Brasil, a principal plataforma de geração termoelétrica e a terceira maior empresa listada no setor de energia do país em termos de valor de mercado. Isso poderia resultar em um aumento expressivo na liquidez das ações, com a previsão de ultrapassar R$ 300 milhões diários.

A proposta inclui a incorporação das ações da Eneva pela Vibra ou por outra estrutura a ser definida em consenso pelas empresas. Dessa forma, ao final do processo, o conjunto de acionistas de cada empresa se tornaria detentor de 50% do total de ações da empresa resultante.

“A Eneva entende que uma fusão de iguais com Vibra representa uma oportunidade ímpar para as empresas e seus acionistas, tendo um sólido racional estratégico considerando, inclusive, a complementaridade dos negócios das companhias , e, se efetivada, poderá implicar em ganhos significativos de eficiência e de alocação de capital”, diz a companhia.

Conforme comunicado pela Eneva, será apresentada uma proposta de governança sólida e equilibrada, com contribuições mútuas, assegurando que a estrutura corporativa e administrativa da empresa resultante proporcione uma integração adequada das atividades da Eneva e da Vibra. O objetivo é maximizar sinergias, valorizar os colaboradores e otimizar as capacidades e talentos das duas empresas, culminando na formação de uma “empresa de sucesso”.

A empresa destaca que, até o momento, não há nenhum acordo assinado referente à operação proposta. Ademais, a possível transação com a Vibra não resultará em direito de recesso para os acionistas da Eneva, caso seja concretizada nos termos apresentados na proposta.

Portfólio de ativos de geração térmica

Ainda segundo a proposta, o BTG Pactual comunicou ao conselho de administração da Eneva que, caso a combinação de negócios nos termos aqui previstos seja bem-sucedida, possui a intenção de concentrar seus investimentos em geração de energia na companhia combinada.

“Desta forma, uma vez concluída a combinação de negócios, o BTG Pactual tem a intenção de ofertar seu portfólio de ativos de geração térmica, para ser potencialmente incorporado pela companhia combinada”, diz a Eneva.