A Eneva (ENEV3) revelou nesta quarta-feira (21) que o Itaú Unibanco (ITUB4) realizou um acordo de investimento na Eneva III, no valor de R$ 1 bilhão, através da subscrição e integralização de ações preferenciais com direito de voto restrito de emissão da Eneva III.
Com a operação, o banco brasileiro passou a ser o titular da totalidade das ações preferenciais de emissão da Eneva III, que representam 15,02% do seu capital social total.
Como fruto de uma reorganização societária envolvendo a Eneva III e a Companhia, consumada em 13 de junho de 2023, a Eneva III tornou-se titular de 100% do capital social da Parnaíba Geração e Comercialização de Energia S.A. e da Parnaíba II Geração de Energia que, em conjunto, contemplam todas as seis usinas termelétricas do Complexo Parnaíba 1.
Segundo a Eneva, o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou o acordo com o Itaú sem quaisquer ressalvas.
Nesta quarta-feira, as ações da Eneva caíram 1,92%, cotadas a R$ 11,77.
Eneva (ENEV3) inicia avaliação para plataforma de ativos renováveis
A Eneva (ENEV3) comunicou ao mercado há duas semanas que iniciou o processo de avaliação de potenciais parceiros estratégicos para a plataforma de ativos renováveis. A companhia também informou ter contratado um assessor financeiro para coordenar o processo.
“O processo de avaliação de ativos da Eneva está em estágio inicial de assinatura de acordos de confidencialidade, devendo ser seguida de recebimento de ofertas não vinculantes, avaliação dos ativos pelos investidores pré selecionados e deverá ainda passar por negociação de acordos vinculantes com eventual investidor selecionado para a fase final do processo”, escreveu a companhia.
Em documento, a Eneva afirmou que o processo estará sujeito à obtenção de aprovações pelos órgãos de governança das partes, eventuais terceiros e agências regulatórias, conforme aplicável.
Eneva (ENEV3): UBS BB recomenda venda
As ações da Eneva (ENEV3) tiveram sua recomendação neutra rebaixada para venda pelo UBS BB. Além disso, o banco suíço rebaixou o preço-alvo dos papéis da companhia de R$ 15 para R$ 10,50.
De acordo com a instituição financeira, a mudança de posição para as ações da Eneva ocorre por causa do excesso de oferta de energia e um pessimismo em relação ao ambiente macroeconômico.
“Esse cenário de forte entrada de fontes renováveis na matriz brasileira dificulta a capacidade da Eneva de renovar os contratos de energia de reserva, levando-nos a esperar um menor despacho das usinas termelétricas (UTE) e esperar que Parnaíba I, II e III se tornem UTEs comerciais ao final de seus contratos, provavelmente impactando o crescimento da Eneva, sem receita fixa”, escreveram os analistas do UBS BB.