Eneva (ENEV3) inicia avaliação para plataforma de ativos renováveis

A Eneva informou ter contratado um assessor financeiro para coordenar o processo

A Eneva (ENEV3) comunicou ao mercado nesta semana que iniciou o processo de avaliação de potenciais parceiros estratégicos para a plataforma de ativos renováveis. A companhia também informou ter contratado um assessor financeiro para coordenar o processo.

“O processo de avaliação de ativos da Eneva está em estágio inicial de assinatura de acordos de confidencialidade, devendo ser seguida de recebimento de ofertas não vinculantes, avaliação dos ativos pelos investidores pré selecionados e deverá ainda passar por negociação de acordos vinculantes com eventual investidor selecionado para a fase final do processo”, escreveu a companhia.

Em documento, a Eneva afirmou que o processo estará sujeito à obtenção de aprovações pelos órgãos de governança das partes, eventuais terceiros e agências regulatórias, conforme aplicável.

Nesta sexta-feira (9), as ações da Eneva avançaram 1,98%, cotadas a R$ 12,38.

Eneva (ENEV3): UBS BB recomenda venda 

As ações da Eneva (ENEV3) tiveram sua recomendação neutra rebaixada para venda pelo UBS BB. Além disso, o banco suíço rebaixou o preço-alvo dos papéis da companhia de R$ 15 para R$ 10,50.

De acordo com a instituição financeira, a mudança de posição para as ações da Eneva ocorre por causa do excesso de oferta de energia e um pessimismo em relação ao ambiente macroeconômico.

“Esse cenário de forte entrada de fontes renováveis na matriz brasileira dificulta a capacidade da Eneva de renovar os contratos de energia de reserva, levando-nos a esperar um menor despacho das usinas termelétricas (UTE) e esperar que Parnaíba I, II e III se tornem UTEs comerciais ao final de seus contratos, provavelmente impactando o crescimento da Eneva, sem receita fixa”, escreveram os analistas do UBS BB.

Além disso, os especialistas do banco suíço ainda citam a alta alavancagem da Eneva. “A companhia está altamente alavancada (dívida líquida/EBITDA 1T23 de 4,6x) em um cenário de altas taxas de juros. Isso somado ao excesso de oferta de energia leva a um menor despacho e entrada de receita substancialmente menor”, acrescenta o relatório.