Impedida de recontratar

Eneva (ENEV3): queda de 9,31% nas ações foi exagero? XP avalia

Algumas das regras impedem a Eneva (ENEV3) de recontratar determinadas usinas do Complexo Parnaíba, no Maranhão

Eneva (ENEV3)
Eneva (ENEV3) / Divulgação

A Eneva (ENEV3) não começou 2025 “com o pé direito”, já que suas ações despencaram 9,31%, para R$ 9,55, na última quinta-feira (2), primeira sessão do ano, atingindo sua pior mínima intradiária desde maio de 2020.

O movimento ocorreu após o Ministério de Minas e Energia divulgar as regras finais para a realização de um leilão destinado a contratar mais potência para o sistema elétrico do Brasil. Algumas dessas regras impedem a Eneva (ENEV3) de recontratar determinadas usinas do Complexo Parnaíba, no Maranhão.

Com as novas diretrizes, as usinas térmicas a gás P1 e P3 (854 MW) não poderão participar devido à sobreposição esperada no início dos contratos vigentes.

A XP avalia que as regras confirmam indicações anteriores de que usinas de combustíveis fósseis, exceto as movidas a gás natural, não serão permitidas, excluindo óleo, carvão, diesel, entre outros.

Uma mudança significativa é o estabelecimento de ambientes separados para usinas novas e existentes. Essa decisão provavelmente visa incentivar o desenvolvimento de novas capacidades, ao mesmo tempo em que evita que instalações mais antigas sejam precificadas como novas.

Essa abordagem, segundo o InfoMoney, pode ser particularmente prejudicial para usinas térmicas existentes com PPAs expirando após julho de 2027, pois estas não poderão competir nos produtos do leilão a partir de 2028.

Eneva (ENEV3) conclui compra da Linhares Energia por R$ 640 mi

Eneva (ENEV3) concluiu a compra da totalidade das ações da Linhares Brasil Energia Participações, de propriedade do fundo BTG Pactual Infraestrutura Dividendos (FIP BDIV) por R$ 640,27 milhões, com possibilidade de pagamento de um valor adicional contingente. 

A operação também envolveu a compra de debêntures emitidas pela Linhares Geração, no valor de R$ 214,86 milhões.

A companhia ainda informou que foi concluída a cisão parcial da BTGP (BTG Pactual Holding Participações), incorporando a parcela cindida, que inclui 100% das ações da Tevisa Termelétrica Viana e da Povoação Energia.