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Engie Brasil (EGIE3) conclui venda de fatia da TAG

As ações da companhia abriram o pregão desta quinta-feira (11) após o anúncio, em queda de 0,25%, cotado a R$ 44,21

Após cumprir as condições prévias, a Engie Brasil Energia (EGIE3) comunicou ao mercado, por meio de fato relevante, nesta quinta-feira (11), a finalização da venda de 15% de sua participação na Transportadora Associada de Gás (TAG) para a Caisse de Dépôt et Placement du Québec, por intermédio de sua subsidiária integral CDP Groupe Infrastructure.

A Engie ressalta que mantém uma participação como acionista na TAG, possuindo uma fatia de 17,5% do capital social total. Dessa forma, o Grupo Engie mantém 50% do capital social total da TAG, ambos associados ao acordo de acionistas da TAG, preservando o grupo de controle existente, conforme destacado pela Engie no comunicado.

As ações da companhia abriram o pregão desta quinta-feira (11) após o anúncio, em queda de -0,25%, cotado a R$ 44,21.

Engie (EGIE3): JPMorgan corta recomendação do papel para venda

JPMorgan não vê potencial de valorização da Engie (EGIE3) e cortou a recomendação de neutro para equivalente à venda, com base no preço-alvo de R$ 44.

Analistas destacam que a ação da companhia elétrica teve desempenho superior aos pares do setor em 7,1 pontos percentuais no acumulado do ano, apesar de ser um ativo de beta inferior com duração abaixo da média no universo de cobertura do banco.

Nesse sentido, o JPMorgan acredita que o desempenho positivo seria justificado por ser um ativo sensível às taxas de juros, um porto seguro em um cenário de queda nas taxas, mas não esperava tal desempenho em vista dos fundamentos fracos do segmento (baixos preços de energia, perspectivas desafiadoras para energias renováveis) e alguns resultados trimestrais aquém das expectativas.

Além do desempenho superior, analistas destacam que a avaliação da ação agora está apertada com taxa interna de retorno (TIR) implícita de 8,6%.

Outro aspecto levantado pelo JPMorgan é a necessidade de desalavancagem da empresa. Com o pagamento em dinheiro de R$ 2,3 bilhões pela Atlas Energy mais R$ 6,8 bilhões em capex, o investimento total em 2024 ultrapassará R$ 9 bilhões. Com isso, o banco projeta que a Engie atinja uma alavancagem financeira de 3,5 vezes Dívida Líquida/Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações0 até o final de 2024.

Segundo a equipe de gestão, esse nível não é confortável para a Engie Brasil, que buscará alternativas para desalavancar rapidamente e estar pronta para buscar novas oportunidades de crescimento. Para desalavancar em 1 vez, a companhia precisaria reduzir a dívida líquida em quase R$ 7 bilhões. Uma dessas medidas, já considerada no modelo do JPMorgan, envolve manter o pagamento de proventos em relação ao lucro mais próximo do mínimo de 55% para navegar por este ciclo de capex.