Mercado

Engie (EGIE3) fecha contrato para comprar parques solares por R$ 3,24 bi

Ativos estão localizados na Bahia, Ceará e Minas Gerais

A Engie (EGIE3) comunicou ao mercado, nesta segunda-feira (30), que firmou um contrato de compra de conjuntos fotovoltaicos da Atlas, com capacidade instalada total de 545 MWac (expressão da capacidade instalada), no valor total de R$ 3,24 bilhões, incluindo dívidas.

Dentro do montante total do contrato de compra da Engie, R$ 2,27 bilhões representam o preço de aquisição, enquanto o endividamento líquido da Atlas equivale a R$ 971 milhões.

A Atlas é a proprietária dos parques solares Juazeiro, São Pedro, Sol do Futuro, Sertão Solar e Lar do Sol.

A maioria das unidades geradoras possui contratos de energia no mercado regulado (ACR), enquanto o conjunto localizado em Minas Gerais, que começou a operar em 2023, oferece energia no mercado livre (ACL).

“A aquisição de ativos em operação, com energia contratada, tornou-se uma opção atrativa para expandir nossos negócios nesse momento do mercado”, disse Eduardo Takamori, Diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Engie Brasil Energia.

Os valores envolvidos podem ser ajustados (earn-out) com base no cumprimento de certas condições estipuladas no contrato, conforme detalhado no fato relevante.

Engie deve gastar US$ 2,1 bi para comprar ativos de biometano

Engie (EGIE3), empresa de energia francesa, poderá desembolsar cerca de US$ 2,1 bilhões até ao final de 2030 para adquirir e atualizar ativos de biometano na Europa, à medida que os clientes abandonam os combustíveis fósseis.

Os países membros da União Europeia estão cada vez mais favoráveis à adoção de gases renováveis, como o biometano, que é produzido a partir da reciclagem de resíduos agrícolas e outros materiais orgânicos. 

Nesse sentido, essa tendência visa substituir o uso de gás natural, contribuindo assim para a luta contra o aquecimento global. Sendo assim, a urgência dessa transição ficou ainda mais evidente após a redução no fornecimento de gás por parte da Rússia, ocorrida em meio à crise energética mais grave enfrentada pelo continente europeu em muitas décadas, desencadeada pela invasão da Ucrânia.

A Engie informou este ano que planeja investir 3 bilhões de euros para aumentar a sua produção de biometano em mais de 10 vezes até 2030 na Europa. 

Sendo assim, um terço desse valor pode ser gasto no desenvolvimento de projetos próprios, enquanto cerca de dois terços poderiam ser usados ​​para aquisições de empresas ou fábricas, bem como para a sua modernização e expansão, disse Camille Bonenfant-Jeanneney, chefe de gases renováveis da Engie ​​na Europa. em uma apresentação nesta quinta-feira (21).

“Temos projetos em desenvolvimento ou de aquisições na Holanda e na Alemanha, e projetos greenfield em Itália, Polónia e Bélgica”, enquanto a Engie também planeia expandir-se em França, Reino Unido e Espanha, disse Bonenfant-Jeanneney. “Precisamos misturar os tipos de crescimento, porque o desenvolvimento de projetos greenfield tem prazos de entrega bastante longos.”