O termo relativamente novo chegou para revolucionar o mercado e trazer inovação e inclusão tanto para as empresas jovens quanto as maduras. A sigla ESG advém do termo em inglês Environmental, Social and Governance, em português seria ASG, referindo-se à Ambiental, Social e Governança.
A expressão surgiu para quebrar a barreira invisível que foi criada em torno das práticas sustentáveis, que fizeram muitos acreditarem que a sustentabilidade anda em caminhos opostos aos bons resultados financeiros. O ESG consiste em três critérios que permitem medir os impactos sociais e ambientais de um investimento em uma empresa.
O que antes eram questões pautadas apenas por ativistas, pesquisadores e intelectuais de nicho, hoje se consolidou como uma prática essencial que é requisito básico para qualquer empresa se manter relevante no longo prazo.
Isso porque o objetivo do investidor que antes era somente a rentabilidade alcançada pelo lucro, mudou com o passar do tempo. Cada vez mais a sociedade e os consumidores cobram novas posturas das empresas, para que atendam os compromissos ESG e não somente posturas básicas de rentabilidade.
Essas práticas se tornaram ainda mais relevantes com a pandemia da COVID-19 para os investidores. Segundo pesquisa global com investidores institucionais realizada pela empresa financeira americana, MSCI, 77% dos investidores entrevistados aumentaram seus investimentos em ESG de forma significativa no período pandêmico.
No mercado é possível identificar as versáteis formas de investir em ESG, podendo ser através de Fundos de Fundos (FoF), que direcionam parte do capital para ações sustentáveis, ou por meio de investimentos em renda fixa.
De acordo com levantamento da a B3, bolsa de valores brasileira, ao final de 2020 havia 14 debêntures e seis Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRAs), alcançando um valor de R$ 6 bilhões em investimentos ESG.
Também se destaca a possibilidade de emissão de Títulos Temáticos ESG, que são títulos de divisas que possuem intenção de atrair capital para projetos que tenham um real e positivo impacto socioambiental.
Entenda melhor cada letra
A letra “E” da sigla se refere às práticas de uma empresa em relação à conservação do meio-ambiente e sua atuação sobre temas como: aquecimento global e emissão de carbono, poluição do ar e da água, biodiversidade, desmatamento, eficiência energética, gestão de resíduos e escassez de água.
Enquanto a letra “S” diz respeito à relação de uma empresa com as pessoas que fazem parte do seu universo. Citamos aqui: satisfação dos clientes, proteção de dados e privacidade, diversidade da equipe, engajamento dos funcionários, relacionamento com a comunidade e respeito aos direitos humanos e às leis trabalhistas.
Já o “G” se refere à administração de uma empresa. Tal como: composição do conselho, estrutura do comitê de auditoria, conduta corporativa, remuneração dos executivos, existência de um canal de denúncia, relação com entidades do governo e políticos.