Golpe

Estagiário de grande banco cria gestora fake e realiza entrevistas

Em uma das reuniões, o autor dos golpes pede para o entrevistado explicar como venderia "uma tigela de macarrão para índios na Amazônia"

Homem computador
Foto meramente ilustrativa / Pixabay

Um suposto golpe aplicado por um funcionário de um grande banco tem movimentado as redes sociais. Um estudante, estagiário na empresa, teria aberto contas fakes de um escritório de investimento nas redes sociais e, até mesmo, realizado falsos processos de recrutamento.

Conforme o exposto por meio de prints e gravações, ao qual o BP Money teve acesso, o estagiário criou um perfil fake nas redes sociais Linkedin e Instagram, nas quais publicou, ao longo de seis meses, posts institucionais e sobre a cultura da gestora, que já existe.

A falcatrua, porém, não parou por aí. No Linkedin, o estudante teria aberto falsos processos de recrutamento de estagiários e entrevistado candidatos por meio de chamadas de vídeo.

Está circulando nas redes gravações de telas das entrevistas de emprego inverídicas. Em uma delas, o estudante – que não mostrava o rosto – apresenta ao candidato um fluxograma da empresa e pede para que ele explique como faria para “vender uma tigela de macarrão para índios na Amazônia”.

Em outro vídeo, o estagiário conta uma situação hipotética absurda e pede para que o interessado na vaga explique como reagiria à situação em inglês.

“Imagine que você está, agora, andando pelo corredor escuro e, do nada, uma pessoa apareça com uma bomba, acenda e jogue em seu pé. O que faria nessa situação? Responda em inglês”, diz o autor dos golpes.

Durante os falsos processos de recrutamento, outras pessoas – que também não mostravam o rosto – marcavam presença nas reuniões.

Ainda de acordo com os prints expostos na internet, o grande banco em questão descobriu a fraude e demitiu o estagiário. A instituição foi procurada pela reportagem e negou envolvimento na situação.