O Índice Bolsa Estatais, criado e calculado pela Teva Indices, expõe o investidor a todas as companhias públicas e teve retorno superior ao principal índice da Bolsa brasileira neste ano eleitoral. Enquanto o Ibovespa registrou retorno negativo, de 1,92%, até o dia 16 de dezembro, o índice da Teva obteve retorno positivo, de 24,2%, no mesmo período.
Em outubro, mês em que as eleições, presidenciais e estaduais, foram decididas, as estatais também superaram o Ibovespa, ainda que uma baixa diferença, de apenas 0,8 pontos percentuais.
Desde o início da operação do índice, em 2016, o Ibovespa também foi superado. O retorno do Índice Bolsa Estatais foi de 158,7%, enquanto o IBOV registrou retorno de 96,9%.
Volume de negociação das empresas estatais em anos de eleição
Segundo a Teva Indices, o volume de negociação nas empresas públicas em 2022 variou 13,1% a mais que o ano anterior, ficando abaixo da variação média calculada pela Teva.
Ainda assim, entre as maiores variações das empresas públicas desde 2001, estão os anos de 2006 e 2018, ambos eleitorais. No entanto, o ano de 2007 foi o de maior volume de negociação nas estatais, com variação de 93,9%.
“A carteira permite não só negociar com facilidade uma cesta de empresas que ficam voláteis em épocas de eleição, como também montar alocações de longo prazo em empresas que negociam a descontos”, apontou a Teva Indices.
As maiores exposições do índice são em Petrobras (PETR3;PETR4) e Banco do Brasil (BBAS3), com 20% cada. Cemig (CMIG4), Sabesp (SBSP3) e BB Seguridade (BBSE3) também possuem participações acima de 10%.
Ao todo, 16 ativos compõem o índice da Teva. Levando em conta a exposição por foco de atuação das empresas estatais, 21,7% é em energia integrada, 21,5% em banco de varejo e 20% em extração de petróleo.