Os investidores estrangeiros continuam com apetite pelo risco Brasil. Na última quinta-feira (26), os gringos alocaram R$ 1,049 bilhão no mercado secundário (ações já listadas) na B3. Trata-se do quarto dia seguido de entrada de recursos externos na bolsa brasileira.
A última vez em que houve saída diária de capital estrangeiro na B3 foi em 20 de janeiro, quando os investidores estrangeiros realizaram lucros, e um dia após injetaram a maior entrada de recursos em um único dia neste ano, de quase R$ 2 bilhões.
Saldo de capital estrangeiro no mês é positivo
O saldo de capital estrangeiro na B3 no acumulado do mês – e, portanto, do ano – até o último dia 26 é positivo em quase R$ 10 bilhões, ou exatos R$ 9,924 bilhões.
No mesmo período, o investidor pessoa física retirou quase R$ 2 bilhões líquidos na B3 em janeiro até o dia 26, ou R$ 1,916 bilhão.
Já o investidor institucional sacou pouco mais de R$ 7 bilhões (R$ 7,139 bilhões) da B3 no mesmo período.
Brasil está atrativo para investidor estrangeiro, dizem analistas
Após bater recorde na Bolsa de valores brasileira em 2022, o investimento estrangeiro deve seguir tendência de alta e a entrada desse capital siga aumentando em 2023, como explica Rodrigo Cohen, analista de investimentos e co-fundador da Escola de Investimentos.
“O investidor estrangeiro tem simpatia pelo presidente Lula. Ano passado batemos recorde de mais de R$ 100 bi na nossa bolsa. Nesse ano, já bateu R$ 7 bilhões já. E o motivo principal é esse. Se não acontecer uma catástrofe, devemos ver essa tendência continuar sim”, afirmou Cohen em entrevista ao BP Money.
No ano passado, a bolsa brasileira bateu recorde de recursos investidos por estrangeiros, no qual os não residentes aportaram R$ 100,8 bilhões no ano passado em ações no mercado secundário, maior valor desde 2016, quando a B3 passou a divulgar os dados.