Superávit mensal de R$ 6,4 bi

Estrangeiros aportam R$ 2,3 bilhões na B3 em 16 de agosto

O superávit mensal da categoria alcançou R$ 6,4 bilhões, embora o saldo negativo do ano esteja em R$ 30,15 bilhões.

Foto: Canva
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No dia 16 de agosto, os investidores estrangeiros injetaram R$ 2,3 bilhões no segmento secundário da B3, que abrange ações já listadas, mesmo com a queda de 0,15% do Ibovespa.

Com isso, o superávit mensal da categoria alcançou R$ 6,4 bilhões, embora o saldo negativo do ano esteja em R$ 30,15 bilhões.

Por outro lado, os investidores institucionais retiraram R$ 1,8 bilhão na mesma data, elevando o déficit mensal para R$ 10,42 bilhões e o déficit anual para R$ 15,19 bilhões.

Já os investidores individuais sacaram R$ 1,12 bilhão no mesmo dia, resultando em um déficit de R$ 2,6 bilhões em agosto e um superávit de R$ 20,46 bilhões em 2024. Essas informações foram divulgadas pela B3.

Incertezas locais geram fuga dos investidores estrangeiros do Brasil

Desde o início do ano, a Bolsa de Valores Brasileira tem registrado uma crescente saída dos investidores estrangeiros. A deterioração do quadro fiscal, somado às incertezas locais vêm se acumulando e gerando uma onda gradativa de retirada do capital externo do mercado de ações nacional.

O dado mais recente aponta que os investidores estrangeiros sacaram R$ 84,9 milhões em recursos no segmento secundário da B3 na última quinta-feira (13). Na véspera, quando o desconforto fiscal derrubou o Ibovespa e fez o dólar bater R$ 5,40, os investidores estrangeiros sacaram R$ 3,08 bilhões da B3.

Em um piscar de olhos, no acúmulo do mês de junho, ainda que em meados dele, houve saída de R$ 7,22 bilhões até o dia 12, revelando que o ritmo de fuga engatou a marcha de maior velocidade e segue disparado rumo a outros mercados mais atrativos fronteira afora. 

Iago Zandonadi, assessor de investimentos da SVN Investimentos, destacou ao BP Money a instabilidade fiscal e política como um grande fator para a saída de capital estrangeiro. 

“A falta de articulação no Senado e na Câmara, além da incerteza no cumprimento de metas fiscais, são determinantes para a desconfiança dos investidores”, afirmou.