Na última sexta-feira, 13 de setembro, os investidores estrangeiros injetaram R$ 658 milhões no mercado secundário da B3, que negocia ações já listadas, em um dia em que o Ibovespa teve alta de 0,64%.
Com isso, o saldo mensal dessa categoria apresentou um déficit de R$ 1,82 bilhão, enquanto o saldo negativo acumulado no ano atingiu R$ 28,38 bilhões.
Por outro lado, os investidores institucionais retiraram R$ 203 milhões naquele dia, ampliando o déficit mensal para R$ 424,6 milhões e acumulando uma perda de R$ 21,68 bilhões no ano.
Já os investidores individuais sacaram R$ 397,4 milhões na mesma data, mas o saldo positivo para o mês ficou em R$ 1,19 bilhão, com o superávit acumulado de 2024 somando R$ 20,7 bilhões. Os dados foram divulgados pela B3.
Em meio a patamar histórico, a Bolsa brasileira está barata?
Ao tomar como referência as companhias competitivas no mercado internacional, a Bolsa de Valores brasileira, B3, tem se mostrado como um mercado de oportunidades de compra.
Assim avalia Álvaro Bandeira, coordenador da Comissão de Economia da APIMEC Brasil (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais do Brasil), em resposta ao BP Money.
“Apesar de algumas atuações tempestivas de nosso poder executivo, de nosso presidente principalmente em relação a empresas e setores – obviamente Eletrobrás, Petrobrás, Vale, são empresas de que ele volta e meia fala sobre isso– , o Brasil segue no radar dos investidores globais”, avaliou o economista com meio século de experiência em mercado de capitais.
No último mês, o Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileira, bateu consecutivos recordes históricos, até atingir o pico dos 137 mil pontos, casa nunca visitada pelo marcador em toda sua história até 28 de agosto.
Para fortalecer o cenário que permite uma perspectiva otimista, em agosto, o fluxo estrangeiro na B3 confirma sua recuperação, marcando o segundo mês do ano com saldo positivo.