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Estrangeiros injetam R$ 6,5 bi na B3 em um dia

Este se revelou o maior valor diário de aporte do grupo na B3 no período de um dia desde 2012, quando começou a série histórica

Ibovespa
Foto: Divulgação/B3

O segmento secundário da B3 – operadora da Bolsa brasileira – recebeu R$ 6,5 bilhões em injeção de investidores estrangeiros, na última quinta-feira, dia 16 de janeiro. Esse segmento diz respeito às negociações de ações listadas, ou seja, sem que haja novas emissões. 

Com isso, o fluxo de entrada de recursos estrangeiros na B3 foi bem mais expressivo que a retirada. Este se revelou o maior valor diário de aporte do grupo na B3 no período de um dia desde 2012, quando começou a série histórica, de acordo com dados do “Valor Data”.

Porém, naquele dia, o Ibovespa sofreu uma queda de 1,15%. Isto porque, na ocasião, os investidores institucionais (fundos de investimentos) compraram R$ 1,88 bilhão mais do que venderam de ações na bolsa brasileira na última quinta. 

Enquanto isso, as pessoas físicas injetaram outros R$ 397 milhões líquidos nas operações. No entanto, o movimento da Cosan (CSAN3) pesou naquele pregão, quando a empresa zerou sua participação na Vale (VALE3). Com a venda de mais de 173 milhões de ações da mineradora (cerca de 4% do capital social da companhia), embolsou pouco mais de R$ 9,1 bilhões.

As negociações da Vale marcaram um giro de volume financeiro de R$ 11,5 bilhões naquele dia, cerca de 720% da média diária movimentada pelo papel da mineradora nos últimos 12 meses, de R$ 1,4 bilhão.

Dessa forma, a liquidez da B3 também subiu expressivamente naquela sessão, ao passo que o Ibovespa movimentou R$ 24,6 bilhões, cerca de 49% mais que a média diária dos últimos 12 meses, de R$ 16,5 bilhões.

B3 entrega primeira fase de modernização de central depositária

A B3 (B3SA3) entregou a primeira fase de modernização de sua central depositária de renda variável, como informou a companhia nesta quinta-feira (16). A central é responsável pela manutenção e tratamento de ativos na bolsa.

A nova estrutura vai aumentar a capacidade de processamento e o tempo de disponibilidade, segundo a B3. As mudanças também proporcionam flexibilidade para viabilizar novos produtos e serviços de forma rápida.

O projeto é desenvolvido em parceria com a empresa sueca de soluções para infraestruturas do mercado Vermiculus.

“Contando com uma arquitetura moderna e a aplicação de novas tecnologias, como DLT, inteligência artificial e streaming de dados, aliadas à parceria estratégia com a Microsoft para uso de cloud, ampliaremos significativamente a capacidade e oferta de serviços da central depositária da B3, agregando valor e dando o suporte necessário para o crescimento contínuo do mercado de capitais no Brasil”, afirmou o vice-presidente de tecnologia da B3, Rodrigo Nardoni, em nota divulgada pela empresa e publicada pelo “Valor”.

A nova plataforma já está disponível aos participantes da central depositária.