Os investidores estrangeiros retiraram R$ 253,4 milhões do segmento secundário da Bolsa brasileira (ações já listadas) em 28 de março, dia em que o Ibovespa caiu 0,94%. Com isso, o saldo do mês chegou a R$ 4,9 bilhões, enquanto o saldo anual da categoria ficou em R$ 12,4 bilhões.
Já o investidor institucional aportou R$ 723,9 milhões na mesma data. Assim, o déficit de março ficou em R$ 2,4 bilhões, e o saldo negativo do ano totalizou R$ 11,3 bilhões.
Por sua vez, o investidor individual aportou R$ 421 milhões no mesmo dia, levando o saldo negativo do mês para R$ 644,9 milhões e o superávit de 2025 para R$ 908,7 milhões, segundo o Valor.
Itaú BBA: estrangeiros ensaiam volta à B3 de olho em valuation
O grupo de investidores estrangeiros fez uma retirada expressiva de R$ 32 bilhões da B3 (B3SA3) – operadora da Bolsa – em 2024, o maior valor desde 2020. No entanto, agora estão ensaiando um retorno à Bolsa brasileira em 2025, conforme avaliação de Daniel Gewehr, líder do time de estratégias do Itaú BBA.
Atualmente, os estrangeiros que monitoram os ativos brasileiros hoje não são apenas os tradicionais fundos especializados em economias emergentes ou América Latina, mas também fundos globais quantitativos e de deep value, disse o estrategista do Itaú BBA.
“Foi o melhor road show que eu participei na última década, pelo perfil de novos clientes olhando o Brasil”, afirmou Gewehr.
“Acredito que o fato de o Brasil ter sido o pior mercado no ano passado acendeu uma luz entre os investidores globais para o país, um sinal de que o valuation da Bolsa está interessante”, prosseguiu ele.
Devido a sinalização de interesse dos estrangeiros, o executivo do Itaú BBA citou um levantamento de sentimento de mercado divulgado pelo banco, segundo o “InfoMoney”. Esse estudo mostra que, entre os entrevistados, 40,4% afirmam ter uma visão positiva sobre a Bolsa brasileira nos próximos seis meses.