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Eternit (ETER3): ações saltam com fim da recuperaçao judicial

A companhia iniciou a recuperação judicial em 2018 com uma dívida de R$ 250 milhões e encerra o processo com R$ 37,3 milhões

Eternit
Foto: Divulgação

As ações da Eternit (ETER3) sobem forte nessa segunda-feira (12), após a Justiça decretar o fim do processo de recuperação judicial da empresa. Às 13h40 (horário de Brasília), os papéis avançavam 9,10%, cotados a R$ 6,72.

O volume de negociações em R$ 5,51 milhões já supera o giro completo das ações no pregão da última sexta-feira (9). A companhia estava em recuperação judicial desde 2018.

A empresa vinha com problemas operacionais desde a proibição da venda do mineral crisotila (amianto) no Brasil. Desde então, a Eternit deixou de fabricar telhas com amianto e reforçou a produção de telhas de fibrocimento.

A companhia iniciou a recuperação judicial com uma dívida de R$ 250 milhões, e encerra o processo com R$ 37,3 milhões, dos quais R$ 27,6 se referem a um empréstimo com o Banco da Amazônia.

A Eternit (ETER3) terminou o segundo trimestre com lucro líquido de R$ 11,7 milhões, ante R$ 1,1 milhão há um ano. A receita líquida subiu 6,5% no mesmo intervalo, para R$ 276,5 milhões.

SideWalk: recuperação judicial reflete cenário do varejo brasileiro

A situação da SideWalk reflete o panorama atual do varejo brasileiro. No início desta semana, a marca de roupas e calçados solicitou recuperação judicial, alegando uma dívida de R$ 25,5 milhões. Com essa medida, a empresa se alinha a outras do setor que também enfrentam desafios financeiros.

A lista inclui empresas como Coteminas (que controla as marcas MMartan e Artex), Polishop, Grupo Petrópolis, SouthRock (responsável pelas operações das marcas Starbucks, Eataly e Subway no Brasil), Grupo Casas BahiaDia, além da Americanas (AMER3) – cuja crise é agravada por alegações de fraude.

No pedido de recuperação judicial, a SideWalk justificou suas dificuldades com o baixo desempenho das vendas durante a pandemia, o aumento dos custos de aluguel em shoppings, as mudanças climáticas e o crescimento dos gastos dos consumidores com apostas online, conhecidas como “bets”.

“O modelo de negócio está ultrapassado”, diz Ana Paula Tozzi, CEO da AGR Consultores, consultoria especializada em varejo. “Há necessidade de reposicionamento. Quando isso não acontece, fica difícil.”

Com dificuldades para se destacar no e-commerce e enfrentando um público cada vez mais envelhecido, a SideWalk observou uma perda de relevância nos últimos anos em comparação com marketplaces e outras empresas de vestuário.

A marca de calçados não divulga informações financeiras detalhadas, mas informou na petição inicial que registrou uma redução de 15% nas vendas. O pedido de recuperação judicial abrange 21 lojas, além de outras 12 que estão em fase de fechamento. O processo não inclui as 20 lojas franqueadas.


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