Diz ADP

EUA: criação de vagas no setor privado reaquece em setembro

Foram criadas 143 mil vagas no mês passado, após quatro meses seguidos de contração

Bandeira dos EUA
Bandeira dos EUA / Foto: Freepik

O mercado de trabalho dos EUA ganhou novo fôlego em setembro, com o setor privado gerando 143 mil novas vagas, conforme o Relatório Nacional de Emprego ADP divulgado nesta quarta-feira (2). O dado marca uma recuperação após quatro meses consecutivos de retração na criação de empregos.

O resultado superou as expectativas do consenso de analistas da LSEG, que projetavam a criação de 120 mil novas vagas.

A média anualizada de aumento salarial para os trabalhadores que permaneceram em seus empregos no mês foi de 4,7%, um pouco abaixo dos 4,8% registrados em agosto. Já a taxa de aumento para aqueles que mudaram de emprego ficou em 6,6%, inferior aos 7,3% do mês anterior.

Nela Richardson, economista-chefe da ADP, destacou em nota que o aumento mais robusto nas contratações não demandou um crescimento salarial mais acentuado no mês passado.

“Normalmente, os trabalhadores que mudam de emprego veem um crescimento salarial mais rápido. Mas seu prêmio sobre os que permanecem no emprego encolheu para 1,9%, igualando uma baixa que vimos pela última vez em janeiro”, comparou.

O setor de serviços manteve a liderança na geração de empregos, com a criação de 101 mil novas vagas em setembro, impulsionado principalmente pelos segmentos de lazer e hospitalidade (34 mil) e educação e saúde (24 mil). No setor produtivo, foram geradas 42 mil vagas, das quais 26 mil no setor de construção civil.

Jolts: vagas de emprego abertas nos EUA sobem para 8,040 mi 

A abertura de postos de trabalho dos setores não-agrícolas nos EUA apresentou avanço entre julho e agosto, de 7,711 milhões (número revisado para cima)  para 8,040 milhões, de acordo com o relatório Jolts, publicado nesta terça-feira (1º) pelo Departamento do Trabalho do país. Em agosto de 2023, tinham sido abertos 9,358 milhões de postos.

O resultado ficou acima do esperado pelo consenso LSEG de analistas, que estimava a criação de 7,6 milhões de vagas.

Ao longo do mês, as contratações mudaram pouco, de 5,4 milhões para 5,3 milhões. Já total de desligamentos passou de 5,3 milhões para 5,0 milhões.