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EUA criam 103 mil vagas no setor privado em novembro, abaixo do esperado

Crescimento salarial também desacelerou; aumento salarial para quem continuou no emprego foi o mais lento desde setembro de 2021

Em novembro, os EUA registraram a criação de 103 mil novas vagas no setor privado, conforme revelado pelo Relatório Nacional de Emprego ADP. Esses números ficaram aquém das expectativas do consenso Refinitiv, que projetava a geração de 130 mil empregos no mesmo período.

O relatório indica que, em novembro, houve uma desaceleração no crescimento salarial nos EUA. Aqueles que permaneceram empregados experimentaram um aumento salarial de 5,6% no mês, representando o ritmo mais lento de ganhos desde setembro de 2021.

No caso dos que trocaram de emprego, observou-se uma desaceleração no crescimento salarial, com ganhos de 8,3% em termos anuais, representando o menor aumento desde junho de 2021. O prêmio associado à mudança de emprego atingiu o menor nível em três anos, de acordo com os dados.

Em novembro, os provedores de serviços geraram 117 mil novos empregos, enquanto os setores de produção de bens registraram uma perda de 14 mil vagas.

O crescimento nos serviços foi impulsionado pelo setor de comércio, transporte e serviços públicos, que adicionou 45 mil novos empregos, além dos serviços de educação e saúde, que contribuíram com mais 44 mil vagas. Na indústria, apenas o segmento extrativo registrou um aumento positivo de empregos (+5 mil), enquanto a manufatura teve a maior queda, perdendo 15 mil vagas.

EUA: PIB sobe 5,2% no 3° tri e supera expectativa do mercado

A economia dos Estados Unidos expandiu-se em 5,2% no terceiro trimestre, segundo a segunda análise divulgada nesta quarta-feira pelo Escritório de Análise Econômica (BEA). Esse resultado superou tanto a leitura anterior de 4,9% quanto a expectativa de crescimento de 5% prevista por analistas consultados pelo Wall Street Journal.

O BEA apontou revisões positivas em diferentes setores, como investimentos fixos não residenciais, despesas dos governos locais e estaduais, investimento imobiliário, estoques privados e gastos federais. No entanto, os gastos dos consumidores, as exportações e as importações foram revisados para baixo.

O GDI, uma medida de renda dos americanos, aumentou 1,5% no mesmo período, enquanto a média ponderada entre o PIB real e o GDI real cresceu 3,3% entre julho e setembro, representando a atividade econômica.

Nos dois trimestres anteriores, o PIB dos EUA havia crescido 2,0% e 2,1%, respectivamente. A expansão do terceiro trimestre foi impulsionada pelo aumento nos gastos dos consumidores, investimento privado, exportações e gastos governamentais.

O PIB em dólares correntes registrou um aumento anual de 8,9%, equivalente a US$ 581,5 bilhões, elevando-se para US$ 27,64 trilhões no terceiro trimestre, uma revisão positiva de US$ 20,9 bilhões em relação à estimativa anterior.