Bank of America

EUA: desaceleração pode abalar ações de tecnologia, diz BofA

O estrategista apontou que sinais de desaceleração econômica dos EUA estimularam uma rotação para papéis de tecnologia

Ibovespa
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O avanço das ações de tecnologia dos EUA corre o risco de reduzir ainda mais se a economia norte-americana continuar esfriando, conforme apontou Michael Hartnett, do BofA (Bank of America).

O estrategista — que está otimista com os títulos para o segundo semestre de 2024 — apontou que sinais de desaceleração econômica dos EUA estimularam uma rotação para papéis que, neste ano, ficaram atrás das ações de big techs, de maior capitalização.

Em nota divulgada nesta sexta-feira (26), Hartnett declarou que dados recentes apontaram que a economia global estava “doente” e que “estamos a um ‘payroll’ [relatório do mercado de trabalho dos EUA] ruim de distância” para a perda do domínio dos grandes papéis de tecnologia.

A trajetória ascendente das big techs, entre elas a Amazon, Apple, Microsoft, Alphabet, Meta e Nvidia, foi estabilizada nas últimas duas semanas, à medida que os investidores se aglomeraram em ações de menor capitalização — “small caps” — apostando que o Fed (Federal Reserve), Banco Central dos EUA, poderia iniciar o corte de suas taxas de juros em breve.

Aproximadamente, segundo o “Valor”, US$ 2,6 trilhões da capitalização de mercado das empresas do setor de tecnologia no índice Nasdaq foram eliminados desde o recorde em 10 de julho, também alimentado por receios de que grandes investimentos em IA (inteligência artificial) podem não render frutos tão cedo quanto esperado.

PCE: núcleo da inflação do consumo nos EUA acelera para 0,2%

O núcleo do PCE (índice de preços de gastos com consumo) nos EUA acelerou para 0,2% em junho ante maio, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (26) pelo Departamento de Comércio do país.

Em maio, o núcleo do PCE registrou uma desaceleração, marcando 0,1% em comparação a abril.

Com o resultado do mês de junho, o núcleo em 12 meses se manteve em 2,6% até junho, a mesma taxa observada em maio. Analistas esperavam taxa mensal de 0,2% e taxa anualizada de 2,5%.