Seguro-desemprego

EUA: Treasuries disparam junto com mercados de Wall Street

De acordo com o Departamento de Trabalho dos EUA, as solicitações de seguro-desemprego ficaram em 211 mil na semana encerrada em 28 de dezembro

Fed EUA
Foto: Pexels/EUA

Os rendimentos dos Treasuries e o dólar ganharam força após dados dos pedidos iniciais de seguro-desemprego virem abaixo do esperado pelo mercado. De acordo com o Departamento de Trabalho dos EUA, as solicitações ficaram em 211 mil na semana encerrada em 28 de dezembro, inferior às 220 mil computadas na semana anterior.

O dado divulgado recentemente é o menor resultado em oito meses, apontando que a economia dos EUA segue resiliente.

Por volta das 13h25 (horário de Brasília), o rendimento da T-Note de 2 anos subia para 4,58%, ante a variação de 4,244% do fechamento anterior. O yield da T-Note de 10 anos avançava para 4,575%, contra 4,574%, enquanto o retorno do título de 30 anos subia para 4,791%, de 4,789%.

Além disso, o índice DXY — que mede a relação entre o dólar e uma cesta de moedas — avançava 0,76%, atingindo 109,31 pontos, a maior cotação em mais de dois anos.

“O ímpeto do dólar se estende até 2025, em meio a expectativas de que o Federal Reserve (Fed) dos EUA cortará menos os juros do que outros bancos centrais. A demanda por dólares como um porto seguro também está valorizando a moeda”, disse Rania Gule, da XS.com. As informações foram obtidas pelo Valor.

Dólar atinge maior valor com perspectivas de crescimento dos EUA

dólar atingiu seu nível mais alto desde novembro de 2022 nesta quinta-feira, 2 de janeiro de 2025, no primeiro dia de negociações do ano. Esse movimento reflete as expectativas de que o crescimento econômico dos Estados Unidos supere o de outras economias, mantendo as taxas de juros do Federal Reserve (Fed) elevadas, segundo a agência de notícias Reuters.

Em dezembro, o Fed indicou que adotará uma abordagem cautelosa na redução das taxas de juros, citando a inflação ainda acima da meta de 2% e uma economia robusta. Além disso, as políticas do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, são vistas como potencialmente impulsionadoras do crescimento econômico, podendo aumentar as pressões inflacionárias.

Adam Button, analista-chefe de moedas da ForexLive, destacou que, em termos de crescimento econômico para 2025, o dólar não enfrenta concorrentes. Ele observou que os fluxos de capital no início do ano favorecem os mercados acionários dos EUA, que têm superado outros mercados globais. Button acrescentou que o dólar deve permanecer forte até que haja uma desaceleração significativa na economia americana.