Carta pública

Evergrande: PwC se opõe a críticas sobre risco

Na carta, foi alegado que um ex-sócio havia expressado preocupações sobre a Evergrande

Evergrande PwC
PwC / Divulgação

A PwC (PricewaterhouseCoopers) emitiu uma resposta a uma carta pública que atribuía parte da responsabilidade da exposição da empresa de contabilidade global à China Evergrande (EGRNY) a alguns de seus executivos.

O comunicado da PwC foi divulgado na terça-feira (16), em reação a uma carta que circulou nas redes sociais chinesas no fim de semana e que alegava ter sido escrita por alguns dos sócios da empresa.

Na carta, foi alegado que um ex-sócio havia expressado preocupações sobre a Evergrande e sugerido que a empresa abandonasse a cliente, mas um executivo sênior interveio.

A PwC disse que “a carta contém declarações imprecisas e falsas alegações sobre a PwC e alguns de nossos parceiros”.

A empresa afirmou que comunicou o assunto “às autoridades apropriadas” e reserva-se o direito de adotar outras medidas, de acordo com Dow Jones Newswires.

China multa Evergrande em US$ 580 mi por inflar receita

A Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China impôs uma multa de 4,2 bilhões de yuan (US$ 580 milhões) à incorporadora China Evergrande Group por inflar em quase US$ 80 bilhões a receita, ao longo de dois anos.

A Hengda Real Estate, unidade central da Evergrande, citou o valor inflado da receita em suas tentativas de vender títulos no valor de 20,8 bilhões de yuan em 2020 e 2021, o que, segundo o regulador, constitui fraude financeira. 

A receita inflacionada representou mais de 60% do lucro declarado em 2019 e mais de 86% em 2020.

A Comissão Reguladora de Valores Mobiliários também baniu o fundador do China Evergrande Group, Xu Jiayin, dos mercados de valores mobiliários para o resto da vida. Ele foi multado em 47 milhões de yuan e Xia em 15 milhões de yuan.

Segundo o órgão regulador, envolvimento na decisão e execução da falsificação foram “atos extremamente horrendos”. A mesma punição foi aplicada a Xia Haijun, ex-diretor executivo da Evergrande.

O pedido ocorre cerca de dois meses depois que um tribunal de Hong Kong ordenou a liquidação da Evergrande. O grupo tem mais de US$ 300 bilhões em passivos. 

Após a ordem de liquidação, o CEO da Evergrande, Siu Shawn, disse que a liquidação não afetará as operações onshore ou offshore do grupo.