Ex-CEO da Nissan processa montadora em US$ 1 bilhão

Carlos Ghosn foi preso em novembro de 2018 sob a acusação de quebra de confiança, uso da empresa para ganhos pessoais e violação das leis de valores mobiliários

O ex-CEO da Nissan Motors, Carlos Ghosn processou a companhia japonesa por tê-lo afastado do cargo em 2018 e orquestrar sua prisão por uma suposta má conduta financeira. O processo aberto pelo empresário esta avaliado em US$ 1 bilhão. 

De acordo com as informações divulgadas pelas autoridades libanesas na última terça-feira (20), o ex-CEO da Nissan, processa também cerca de uma dúzia de indivíduos em Beirute, no Líbano, por desinformação espalhada contra ele.
Nesse sentido, o processo de Ghosn acusa a Nissan e os indivíduos de difamação e de “fabricação de acusações” que teriam ocasionado em sua prisão no Japão, segundo as fontes libanesas. 

Prisão do ex-CEO da Nissan

Em suma, o empresário foi preso no Japão em novembro de 2018 devido uma acusação de quebra de confiança, uso indevido de ativos da empresa para ganhos pessoais e violação das leis de valores mobiliários ao não divulgar totalmente sua remuneração.

Segundo o juiz Sabbouh Suleiman, a audiência referente ao processo que Ghosn está movendo deve acontecer em setembro. As autoridades judiciais afirmaram à  Associated Press que a Nissan e outras pessoas acusadas no processo devem enviar representantes a Beirute ou nomear um advogado libanês para representá-los.

Defesa do ex-CEO da Nissan

O magnata do setor automotivo, Carlos Ghosn, que liderou a Nissan e a Renaut por duas décadas, afirma constantemente que é inocente neste processo de acusação. 

Desse modo, em dezembro de de 2019, o empresário ‘escapou’ do julgamento no Japão, ao se esconder dentro de uma caixa a bordo de um jato particular para fora do país. Isto posto, na época, promotores no Japão acusaram três americanos de ajudar Ghosn a escapar do país.

Atualmente, Ghosn reside no Líbano, país que não detém algum tipo de tratado com o Japão para uma possível extradição. Vale lembrar que o empresário tem três cidadanias, do Líbano, da França e do Brasil. Renault e Nissan têm se distanciado do escândalo Ghosn.

Por fim, o Líbano recebeu três notificações da Interpol baseadas em mandados de prisão no Japão e na França para o empresário. Na França, o ex-CEO da Nissan sustenta vários desafios legais, bem como, sonegação de impostos e suposta lavagem de dinheiro, fraude e uso indevido de ativos da empresa enquanto esteve à frente da aliança entre Renault e Nissan. 
 

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