Demanda diminuindo

Exportações da China perdem força e crescem 2,4% em setembro

O resultado de setembro ficou abaixo da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam alta de 6% das exportações chinesas

China
Foto: Pixabay

As exportações da China subiram 2,4% em setembro na comparação anual, um recuo considerável frente ao crescimento de 8,7% em agosto, segundo dados publicados pelo órgão alfandegário do país nesta segunda-feira (14).

O resultado de setembro ficou abaixo da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam alta de 6% das exportações chinesas.

Também no confronto anual, as importações chinesas registraram acréscimo de 0,3% em setembro, após o aumento de 0,5% de agosto. Neste caso, o consenso da FactSet era de avanço de 2% no último mês.

A Reuters destaca que as exportações da China cresceram no ritmo mais lento em cinco meses em setembro, uma sugestão de que os fabricantes não estão mais apressando os pedidos antes das tarifas de vários parceiros comerciais e que a demanda global por produtos chineses está diminuindo.

O superávit comercial geral da China diminuiu para US $ 81,71 bilhões em setembro, de US $ 91,02 bilhões em agosto, e ficou abaixo da previsão de US$ 89,80 bilhões feita pela Reuters.

China sinaliza mais estímulos fiscais, mas omite detalhes-chave

China anunciou que “aumentará significativamente” seu endividamento para impulsionar a economia, mas deixou investidores incertos quanto à magnitude do pacote de estímulo, um detalhe crucial para avaliar o impacto potencial na recente recuperação do mercado de ações.

Durante uma coletiva de imprensa, o ministro das Finanças, Lan Foan, afirmou que o governo central apoiará os governos locais na resolução de problemas de dívida, concederá subsídios às pessoas de baixa renda, incentivará o mercado imobiliário e reforçará o capital dos bancos estatais, entre outras medidas.

Essas ações estão alinhadas com as expectativas dos investidores, já que a segunda maior economia do mundo enfrenta desafios para recuperar o fôlego, combatendo pressões deflacionárias e buscando restabelecer a confiança do consumidor em meio à acentuada desaceleração no setor imobiliário.

A ausência de um valor em dólares para o pacote de estímulo provavelmente prolongará a incerteza dos investidores, que aguardam ansiosamente por um plano de políticas mais claro até a próxima reunião do Legislativo chinês, responsável pela aprovação das emissões de dívida. A data do encontro ainda não foi definida, mas é esperada para as próximas semanas.

A coletiva de imprensa “foi forte em determinação, mas carente de detalhes numéricos”, disse Vasu Menon, diretor administrativo de estratégia de investimentos do OCBC em Cingapura.


Acesse a versão completa
Sair da versão mobile