A Exxon Mobil (EXXO34) deixará de perfurar no Brasil. Por três vezes, sem sucesso, a companhia tentou encontrar volumes de petróleo que fossem comercialmente viáveis nas águas profundas do Brasil. De acordo com o portal “Dow Jones Newswires”, a companhia norte-americana desembolsou uma cifra de US$ 4 bilhões na busca, que se iniciou em 2017.
Com sua saída, a Exxon transferiu geólogos e engenheiros que estavam trabalhando em escritórios no Rio de Janeiro para outros países, incluindo Angola, Canadá e Guiana. A petroleira, no entanto, não descarta eventuais projetos futuros no Brasil.
Apesar de não procurar mais petróleo no Brasil, a Exxon possui uma participação minoritária em um projeto offshore no País chamado Bacalhau, que está avançando e está sendo liderado pela Equinor.
Tanto a Exxon quanto a Equinor autorizaram a primeira fase do projeto em meados de 2021 e esperam que ele comece a operar em 2025, produzindo cerca de 220 mil barris ao dia.
Petrobras (PETR4): ministro anuncia mudança na política de preços
A Petrobras (PETR3;PETR4) sofrerá alterações na sua atual política de preços, anunciou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, na manhã desta quarta-feira (5). O ministro afirmou que adotou diretrizes baseadas no mercado interno, e não no exterior.
“O tal PPI (Preço por Paridade de Importação) é um verdadeiro absurdo. Nós temos que ter o que eu tenho chamado de PCI, Preço de Competitividade Interno”, disse. A Petrobras já possui orientação para alterar as orientações.
A previsão é que as mudanças comecem a ser aplicadas após a próxima assembleia geral da estatal, marcada para o fim deste mês.
Silveira contou que a estatal voltará a ter papel de amortecimento para diminuir o impacto de crises internacionais, como o da decisão da OPEP+, no preço dos combustíveis nas refinarias brasileiras. “Nós vamos exigir da Petrobras, como controladores da Petrobras, que ela respeite o povo brasileiro. Que ela cumpra o que está na Lei das Estatais e na Constituição Federal, sua função estatal, que é criar um colchão de amortecimento nessas crises internacionais de preço dos combustíveis”, continuou o ministro.
Ele ainda explica que a medida não vai zerar o impacto das crises. “Não vamos iludir ninguém, nós vamos estar sempre suscetíveis às questões da volatilidade internacional. Mas a Petrobras tem sim muito para poder contribuir com a questão social brasileira”, finalizou.