Fábricas da GM, Hyundai e Stellantis param e dão férias coletivas

Entre os motivos que levou à decisão, está a queda nas vendas em um momento de desaceleração da economia

Algumas das principais fabricantes de veículos que atuam no Brasil decidiram parar suas fábricas e dar férias coletivas aos funcionários a partir desta segunda-feira (20), segundo o jornal “O Estado de S. Paulo”. Entre as montadoras estão a General Motors (GM), Hyundai e Stellantis (dona das marcas Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën).

Os motivos da pausa inesperada nas linhas de produção foram a queda nas vendas e a escassez de componentes nos últimos meses, devido à desaceleração da atividade econômica no País. Ambos os fatores fazem as fabricantes enfrentarem um momento delicado.

De acordo com elas, há uma redução da demanda no mercado, o que levou à necessidade de uma readequação dos níveis de produção. Em 2019, o Brasil registrou 2,8 milhões de veículos vendidos. Em 2022, foram 2,1 milhões de unidade, uma queda de 25%.

A indústria automobilística brasileira já vinha sendo atingida pela falta de semicondutores, o que fez com que cerca de 630 mil veículos deixassem de ser produzidos no país nos últimos dois anos.

Pausa nas fábricas por ordem

A partir desta segunda, a Hyundai concede férias coletivas de três meses para os trabalhadores da unidade de Piracicaba-SP. A fábrica produz os modelos HB20 e Creta.

Na quarta-feira (22), será a vez da Stellantis dispensar por 20 dias os funcionários do segundo turno de trabalho na fábrica da Jeep em Goiana-PE. Já na semana que vem, os operários do primeiro e terceiro turnos serão liberados para férias por 10 dias, o que interromperá toda a produção de SUVs Renegade, Compass, Commander e da picape Fiat Toro.

Entre os dias 27 de março e 13 de abril, a General Motors suspenderá a produção da picape S10 e do SUV Trailblazer na fábrica de São José dos Campos-SP.

No mês passado, a unidade responsável pela produção das marcas francesas Peugeot e Citroën encerrou o segundo turno de trabalho em Porto Real-RJ e dispensou antecipadamente 140 funcionários que tinham contratos temporários com suas fábricas.