Fed: ata do Fomc diz que possível alta de juros divide integrantes

Os investidores esperavam ansiosamente pela decisão do Fed

O Fed (Federal Reserve, o Banco Central norte-americano) divulgou nesta quarta-feira (24) a ata da última reunião do Comitê de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês). De acordo com o documento, alguns dirigentes do órgão monetário comentaram que, com base em suas expectativas, o progresso no retorno da inflação para 2% poderia continuar inaceitavelmente lento e que provavelmente seria necessário um reforço adicional da política monetária em reuniões futuras.

Apesar disso, a ata reitera que “vários participantes” observaram que, se a economia evoluísse de acordo com suas perspectivas atuais, talvez não seja necessário mais firmeza política após a última reunião.

Segundo o documento, embora os dados de inflação nos EUA até março tenham arrefecido, os membros do Fed ainda consideraram a taxa inflacionária do país alta.

“Os participantes observaram que, embora a inflação básica de bens tenha moderado desde meados do ano passado, ela desacelerou menos rapidamente do que o esperado nos últimos meses, apesar de relatos de vários contatos comerciais sobre as restrições da cadeia de suprimentos continuarem diminuindo”, disse o texto.

Ainda de acordo com a ata do FOMC, todos os participantes reafirmaram seu forte compromisso de retornar a inflação ao objetivo de 2% e permaneceram altamente atentos aos riscos de inflação.

“Alguns participantes comentaram que as recentes ações e comunicações de política monetária ajudaram a manter as expectativas de inflação bem ancoradas, o que consideram importante para o alcance das metas do Comitê. Os participantes enfatizaram a importância de comunicar ao público a abordagem dependente de dados dos formuladores de políticas, e a grande maioria dos participantes comentou que a linguagem ajustada na declaração pós-reunião foi útil a esse respeito”, afirmou o texto do Fed.

Fed voltou a subir juros dos EUA em 0,25 ponto percentual

O Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA) anunciou em 3 de maio que elevou a taxa básica de juros nos EUA em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 5,00% a 5,25%. Na última reunião, ocorrida em março, a instituição monetária havia elevado os juros em 0,25 ponto percentual.

No comunicado, o FOMC (Comitê Federal de Mercado Aberto) escreveu que continuará monitorando as perspectivas econômicas do país e lembrou que a atividade econômica apresentou uma expansão em ritmo mais modesto no primeiro trimestre.

“Os ganhos de empregos foram robustos nos últimos meses e a taxa de desemprego permaneceu baixa. A inflação segue elevada”, pontuou.

Ainda no documento, os membros do Fed ressaltaram a resiliência do sistema bancário norte-americano. “Condições de crédito mais apertadas para famílias e empresas devem pesar na atividade econômica, nas contratações e na inflação”, afirmaram.

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