O monitoramento realizado pelo CME Group indicou um aumento na probabilidade de que o Federal Reserve (Fed) reduza os juros até setembro, após a publicação do payroll, relatório mensal de empregos de junho.
O relatório mostrou um crescimento salarial abaixo do previsto e um aumento na taxa de desemprego.
A possibilidade de um corte de juros pelo Fed até setembro aumentou para 77,6%. Logo antes da divulgação dos dados, essa probabilidade estava em 72,6%.
Até dezembro, o cenário mais provável continua sendo um corte de 50 pontos-base, com uma probabilidade de 47,2%, em comparação com 45,3% antes da divulgação do indicador.
Esse cenário é seguido por uma probabilidade de 24,1% para uma redução de 25 pontos-base e uma probabilidade de 24,0% para um corte de 75 pontos-base.
Fed: inflação não é o único risco nos EUA, diz dirigente
Na tentativa de concluir a tarefa de levar a inflação à meta, o Fed (Federal Reserve) deve “demonstrar cuidado”, disse Mary Daly, presidente da autarquia de São Francisco, nesta segunda-feira (24). Ela também apontou o desemprego como um risco cada vez maior.
“Devemos continuar o trabalho de restaurar totalmente a estabilidade de preços sem uma ruptura dolorosa na economia”, durante o Commonwealth Club. A dirigente do Fed prosseguiu afirmando que, mesmo que haja “mais trabalho a fazer” para reduzir a inflação, a alta dos preços “não é o único risco que enfrentamos”.
Baixar ainda mais a inflação provavelmente exigirá a contenção da demanda, e apesar de, até agora, a taxa de desemprego seguir abaixo dos níveis sustentáveis de longo prazo “a futura desaceleração do mercado de trabalho pode se traduzir em maior desemprego”, disse ela, de acordo com o “InfoMoney”.