Fenabrave: movimento em concessionárias aumentou mais de 260%

Movimento nas concessionárias de veículos quase triplicou nos últimos dias, segundo a Fenabrave

O movimento nas concessionárias de veículos quase triplicou nos últimos dias, segundo a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), entidade que representa mais de 7.400 estabelecimento de vendas de automóveis, em mais de 1.100 municípios brasileiros,

Em nota à imprensa, a Federação informou que teve retorno de suas 54 Associações de marca filiadas sobre a primeira semana de vigência da MP no. 1.175, publicada no último dia 6 de junho, na qual o Governo Federal oferece descontos patrocinados, que variam conforme preço, eficiência energética e maior índice de nacionalização de peças dos automóveis e comerciais leves. 

“Conversei com os presidentes das Associações de Marca e a grande maioria me disse que houve um grande aumento no fluxo de loja das Concessionárias, principalmente, nas marcas com mais modelos de entrada. O aumento de passagem variou entre 30% a mais de 260%, em alguns casos, o que mostra o sucesso do projeto liderado pelo Presidente Lula e desenhado pelo MDIC e Fazenda”, comenta Andreta Jr., Presidente da Fenabrave.

Segundo ele, para ampliar o sucesso da Medida Provisória, que tem sido fortalecida por descontos adicionais, ofertados pelas montadoras, seria oportuno que o Governo aumentasse o aporte de recursos para os automóveis e comerciais leves, pois é possível que o volume concedido não supere muito os próximos 30 dias. 

“Ainda há marcas trocando notas fiscais junto às montadoras, referentes aos carros que estavam em estoque, o que retarda um pouco a entrega dos pedidos realizados pelos clientes, e nos impede de verificar, agora, o impacto da Medida em unidades, o que teremos em alguns dias. Mas já podemos sentir que os recursos devem acabar, rapidamente, o que mostra como a população estava ávida por uma oportunidade como essa”, analisou Andreta Jr.

Carro popular com desconto de até R$ 8 mil

O vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciaram no último dia 5 de junho, os detalhes do plano de desconto para carros populares no Brasil. O pacote visa baratear o preço de veículos em até R$ 8 mil. 

A ideia anterior era cortar impostos, mais especificamente IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e o PIS/Cofins, que são tributos federais. Agora, o desconto passa a ser entre R$ 2 mil e R$ 8 mil direto no preço final do carro comprado pelo consumidor. As informações são do Infomoney.

Para carros de até R$ 120 mil, os descontos poderão chegar a 11,6%. A porcentagem da queda acontecerá conforme o cumprimento das três variáveis já tornadas públicas: social, ambiental e densidade industrial.

Além disso, o novo plano também prevê subsídios para a redução do preço dos caminhões, a novidade do pacote de estímulo ao consumo anunciada hoje por Alckmin e Haddad. O programa vai estimular a venda de caminhões e ônibus antigos e usar parte desse valor como desconto na compra de novos.

O teto de financiamento do programa é de R$ 1,5 bilhão e será dividido assim: R$ 500 milhões para veículos leves; R$ 700 milhões para caminhões; R$ 300 milhões para ônibus.

Para caminhões e ônibus, o programa vai funcionar por meio de incentivo na compra e na venda dos veículos. Os descontos totais vão de R$ 33 mil até R$ 99 mil, conforme o tamanho do veículo e critérios de ação poluente.
O teto do programa considera apenas caminhões e ônibus de até R$ 1 milhão. Apesar desses valores, Alckmin defendeu que o desembolso real será muito menor porque o programa vai estimular a troca dos veículos.

“Sem fazer nada você vende, mas pouco. Com o estímulo dado [no caso de caminhões e ônibus] a expectativa é vender muito mais e o governo acaba retomando valores em impostos, que não foram zerados”, disse o vice-presidente.