Paulo Mesquita, Partner & Head of Agribusiness da Riza, destaca que o Fiagro vem com uma alternativa bastante viável de crédito para o setor, que é muito demandante de crédito. Portanto, atualmente, ainda representa uma fatia muito pequena da necessidade de capital do setor, destaca.
“Setor que demanda tanto capital que nem o sistema financeiro é capaz de atender”, afirmou Mesquita durante o painel Fiagro, no XP Talks, evento promovido pela XP Investimentos nesta quarta-feira (31), e o BP Money esteve presente.
Nesse sentido, Mesquita entende que os Fiagros vão crescer na esteira da demanda, não só de crédito, mas também de equity e outras frentes dentro mercado do agronegócio como um todo.
Na perspectiva do investidor, por sua vez, Mesquita afirmou que é um setor que passou por dois anos de margem muito boas, resultados positivos, acostumado a ter um spread alto.
“Na minha visão, o setor segue com bastante espaço de crescimento e bons retornos aos investidores”, comentou.
Nessa linha, Bruno Santana, CEO e fundador da Kijani, comentou que é questionado constantemente em relação a até que ponto a afirmação “Agro é tech, agro é pop, agro é tudo” é uma bolha ou é sustentável, efetivamente é uma vertente que vem se abrindo e pode ser explorada ainda mais no futuro, afirmou Santana.
Santana afirmou que os dados macro destacam sobre a demanda de agro, que destacam perfis diferentes do que era pouco tempo atrás, efetivamente, só existe uma resposta para o novo padrão de consumo mundial ser atendido, que é o aumento da produção brasileira.
Por outro lado, Idalício Silva, Partner e Portfolio Manager da AZ Quest, destacou que o Fiagro trouxe duas questões muito valiosas ao mercado, a primeira delas, foi a chance do investidor em geral poder participar do setor do agronegócio.
Outro ponto, citado por Silva, é que podemos imaginar o agro como uma ‘superfície’ que em um momento cresce de um lado, depois do outro.
“A produção do agro cresceu muito nos últimos dois anos, agora temos um gargalo de infraestrutura para armazenar e escoar a produção”, finalizou Silva.
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No último painel do XP Talks Fundos Listados, o tema Fiagro foi abordado por quatro personalidades do mercado, Paulo Mesquita, do Riza Idalício Silva, Bruno Santana e Getúlio Lobo.
A agricultura representa um dos maiores setores da economia brasileira, e para tornar o segmento mais atrativo para os investidores, em 2021, foi criado o Fiagro (Fundo de Investimento em Cadeias Agroindustriais).
Com o objetivo de proporcionar às pessoas físicas e jurídicas o acesso aos investimentos do setor de agronegócio.
XP Talks
O CEO do Banco XP, João Berenguer, abriu o evento destacando que como a carteira de ativos não está crescendo em um ritmo esperado, é bem razoável esperar menos competição da classe de fundos listados. Berenguer ainda comentou sobre a previsão da taxa de juros.
“A taxa de juros vai cair, como e quando, nós não sabemos, eu particularmente acho que cai mais que o mercado vem antecipando”, destacou.
Além de Berenger, a abertura do evento contou com a participação de Maria Fernanda Violatti, analista de Fundos Imobiliários e Listados da XP e Bruno Gargiolli, diretor do Investment Banking da XP.
O foco do debate é apontar caminhos para que o investidor entenda o atual cenário dos Fundos Listados e tome sempre a melhores decisões.
O evento conta com às presenças de especialistas da XP, Mauá Capital, Valora Investimentos, Navi, Trinus, Pátria, RBR Asset Management, Vinci Partners, CVM, Riza, Azquest e Kijani, com painéis sobre FIIs de Crédito, FIIs de Tijolos e FIIs Infra e Fiagros, além do futuro dos Fundos Listados.
Na programação, nomes como Bruno Magnariolli, da Mauá Capital, Alessandro Vedrossi, da Valora, Pedro Carraz, Rafael Hazarian, Gustavo Pires, Beatriz Aguiar, Raphaela Oliveira e Maíra Maldonado, da XP, João Nascimento, da CVM e Marcelo Souza, do Pátria.
