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Fiagro cresce 103% em 2023 e patrimônio supera R$ 21 bi

Evolução foi quase 10 vezes maior do que os mercados de renda fixa, renda variável e fundos de investimento, que avançaram 11,2%, em média, no período

Fiagro / Divulgação
Fiagro / Divulgação

Os Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro) registraram um crescimento de 103% em 2023, alcançando um total de R$ 21,3 bilhões. Esta evolução foi quase dez vezes maior do que a média dos mercados de renda fixa, renda variável e fundos de investimento, que avançaram 11,2% durante o mesmo período.

Considerando os sete fundos de investimentos em participações (FIP) que migraram para a categoria Fiagro- FIP, o patrimônio líquido superou a marca de R$ 38 bilhões.

Nesse sentido, os dados, divulgados nesta segunda-feira (1) pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), consideram as regras provisórias para o produto, criadas em 2021.

A CVM permitiu a constituição de três tipos de Fiagro: imobiliário, de direitos creditórios e de participações.

Cada tipo de Fiagro deve obedecer às regras específicas de seus respectivos fundos, seja FII (Fundo de Investimento Imobiliário), FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios) ou FIP (Fundo de Investimento em Participações).

Prevê-se o lançamento de uma resolução definitiva para o produto em 2024, que incluirá a introdução do Fiagro multimercado.

Fiagro para a CVM

Vale destacar que, o agronegócio está entre as principais bandeiras da gestão do presidente da CVM, João Pedro Nascimento. De acordo com ele, dados podem fazer a diferença no mercado de capitais.

“Nosso objetivo é aperfeiçoar e modernizar cada vez mais a indústria dos Fiagro, em reconhecimento à relevância do segmento do agronegócio para desenvolvimento econômico de nosso país”, disse Nascimento, em nota.

De acordo com o Boletim CVM Agro, emitido pela Superintendência de Securitização e Agronegócio (SSE) da CVM, os Fiagro-FII (Fundo de Investimento em Agro) representam metade dos 97 Fiagro operacionais.

Os principais ativos investidos por esses fundos são os Certificados de Recebíveis Imobiliários e do Agronegócio (CRI e CRA), totalizando 55% do investimento, seguidos por imóveis (16%) e direitos creditórios (15%).