FII MAXR11 deve sofrer com rombo na Americanas; entenda

Fundo imobiliário, gerido pelo BTG Pactual, tem 60% da receita oriunda da Americanas

O fundo imobiliário Max Retail MAXR11, administrado pelo BTG Pactual (BPAC11), deve sofrer com a descoberta de um rombo de R$ 20 bilhões no balanço da Americanas (AMER3), que veio à tona na quarta-feira (11). Segundo o BP Money apurou, cerca de 60% da receita do FII é oriunda do aluguel de lojas para a varejista.

De acordo com fontes ouvidas pela reportagem, há um temor de que a Americanas não consiga arcar com os alugéis já no curto prazo e, também, opte pelo fechamento de parte das lojas, em um plano de reestruturação. Há, inclusive, uma preocupação sobre a continuidade da operação da varejista, que, caso se concretize, possa impactar fortemente as receitas. 

Próximo das 12h00 (de Brasília), as cotas do FII caíam cerca de 4%, cotadas a R$ 66,70. Procurado, o BTG Pactual não se manifestou. O MAXR11 é um fundo imobiliário do tipo tijolo, voltado para propriedades comercias do segmento de varejo. O fundo possui oito ativos, localizados em sete estados. 

Americanas encontra rombo de R$ 20 bilhões e prejudica MAXR11

A Americanas (AMER3) anunciou na quarta-feira (11) que Sergio Rial renunciou à presidência. Além disso, a varejista revelou que André Covre, Diretor de Relações com Investidores, também pediu desligamento. Em fato relevante, a companhia informou que a atual gestão encontrou “inconsistências em lançamentos contábeis” em anos anteriores, incluindo o exercício de 2022, da ordem de R$ 20 bilhões.

“Neste momento, não é possível determinar todos os impactos de tais inconsistências na demonstração de resultado e no balanço patrimonial da companhia”, afirmou o documento.

“As estimativas acima estão sujeitas a confirmações e ajustes decorrentes da conclusão de trabalhos de apuração e dos trabalhos a serem realizados pelos auditores independentes, após o que será possível determinar adequadamente todos os impactos que tais inconsistências terão nas demonstrações financeiras da companhia”, continuou.

Além disso, a PwC, auditor independente da Americanas (AMER3), aprovou as últimas demonstrações financeiras da varejista sem ressalvas. A última auditoria completa da Americanas foi referente ao ano exercício de 2021