Os FIIs (fundos imobiliários) de lajes corporativas foram os destaques positivos do Ifix (Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários) no primeiro semestre deste ano, de acordo com analistas do Itaú BBA.
De acordo com os especialistas Marcelo Potenza e Larissa Nappo, autores do relatório do grupo, as regiões premium – que apresentam maiores valores de custos de ocupação e aluguel – foram as com menor taxa de vacância e maior procura para aquisições.
No mês de maio, foi registrada a compra de 80% do portfólio da BR Properties pela Brookfield, no valor de R$ 6 bilhões, e as negociações envolvendo a Infinity Tower, da região do Itaim Bibi.
Notícias Relacionadas
Anec
Exportação de soja do Brasil fecha 1º semestre com alta de 2,2%
Considerando as previsões de safra e de exportações do Brasil para o ano, é aguardada uma redução gradativa nas vendas externas
Precisará ser votada
Reforma Tributária: parecer mantém Fiagros e FIIs isentos de impostos
Com a decisão, os ganhos dos fundos de investimento não serão mais tributados como consumo
Na ocasião, o metro quadrado do Infinity Tower ficou aliviado em aproximadamente R$ 40 mil, muito acima dos valores comumente praticados no mercado.
Logo, o destaque ficou para a maior profundidade das áreas premium de São Paulo e Rio de Janeiro.
Foram analisados 15 fundos pelo Itaú BBA, com cinco recomendações de compra, sete recomendações neutras e três recomendações de venda, que foram fundamentadas por análises relativas, contexto de mercado, qualidade de portfólio, histórico e experiência do time de gestão.
Fechamento do primeiro semestre de 2022 foi negativo para FIIs
Apesar da performance dos fundos de lajes corporativas, o mercado de FIIs terminou o primeiro semestre deste ano no campo negativo.
Em efeito de comparação, o Ifix caiu 0,88% no mês de junho, enquanto a carteira do Itaú BBA recuou 1,00%.
Já no resultado consolidado do semestre completo, o portfólio do grupo cresceu 0,61%, enquanto o Ifix caiu em 0,33%.
De acordo com a análise de Potenza e Nappo, a dinâmica dos índices inflacionários pode resultar em maior exposição aos fundos de ativos financeiros, o que pode abrir caminho para novos investimentos em fundos de tijolos.
A carteira do Itaú BBA é representada pelos FIIs de ativos financeiros KNIP11, KNHY11, KNCR11 e HGCR11, com peso de 11,25% cada um.
Entre os fundos de galpões, estão BRCO11, LVBI11 e VILG11, cada um com peso de 10%.
No grupo, as lajes corporativas são representadas por RBRP11 e PVBI11, com 5% de peso cada um, os shopping centers são correspondidos pelo HSML11, com peso de 5%, e, por fim, o HGRU11 (renda urbana) possui peso de 10%.
A perspectiva dos analistas é otimista para o mercado de FIIs a médio e longo prazo.
