No acumulado de 2024, um ano de muitas oscilações, o IFIX, índice de referência dos FIIs (Fundos de Investimentos Imobiliários), registrou a sua terceira maior queda anual da série histórica. O resultado teria sido pior caso não fosse o “milagre de Natal” na última semana.
A queda do índice dos FIIs chegava a 13% no ano até o último dia 19, caminhando para o seu pior desempenho histórico. Porém, a semana do Natal marcou uma recuperação que apagou as perdas de mais de 8% registradas ao longo do mês de dezembro, segundo o “Valor”.
Foram quatro pregões seguidos de valorização entre os dias 20 e 27 de dezembro, quando o IFIX subiu nada menos que 8%.
Sendo assim, no fim do mês, as perdas do IFIX foram de apenas 0,67%, enquanto no acumulado de 2024 o tombo reduziu a 5,89%.
Apesar de não ter batido o recorde de maior queda, ainda foi o terceiro pior desempenho da história do índice dos FIIs, atrás somente dos resultados de 2013 (-12,61%) e de 2020 (-10,24%).
Diante do cenário econômico atual, com perspectivas de elevação da taxa de juros e da inflação, os gestores estão mais confiantes com os FIIs conhecidos como “fundos de papel” – ou os fundos de recebíveis imobiliários – que investem em títulos de renda fixa do setor imobiliário, como os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), de acordo com o jornal.
Isto porque esses ativos são indexados ao CDI e ao IPCA, logo, as chances de rendimentos mais altos aumentam para os FIIs que carregam esses ativos em suas carteiras em um ambiente de juros e inflação mais elevados.
FIIs para investir em 2025, segundo o BTG Pactual
O ano de 2025 já está batendo à porta, e os investidores seguem ávidos por sinais de como montar sua carteira de investimentos. Pensando nisso, o BTG Pactual (BPAC11) divulgou uma seleção de FIIs (Fundos de Investimentos Imobiliários) para investir no próximo ano.
A instituição destacou que 2024 foi um ano marcado por desafios econômicos no Brasil e no exterior. Nos EUA, o adiamento dos cortes de juros para setembro trouxe volatilidade ao mercado em um ano eleitoral. No Brasil, a deterioração fiscal preocupou os investidores.
Alterações nas metas de resultado primário e um pacote fiscal abaixo das expectativas aumentaram as incertezas sobre a sustentabilidade do arcabouço fiscal.
A fragilidade fiscal e a pressão inflacionária levaram o BC (Banco Central) a interromper o ciclo de corte da Selic (taxa básica de juros), que encerrou o ano em 12,25%, com sinalização de possíveis novas altas em 2025.
O cenário fiscal pressionou o dólar, que superou os R$ 6,10, e elevou os juros futuros, com taxas nominais acima de 13% ao longo da curva, de acordo com informações do Suno.