Fundador da SPX diz que preço das ações brasileiras está atrativo

Para Rogério Xavier, sócio-fundador da SPX Capital, o preço dos ativos brasileiros está bom para investidores

Rogério Xavier, sócio-fundador da SPX Capital, afirmou que o preço dos ativos brasileiros está bom para investidores e o cenário econômico tende a ser favorável para o País. No entanto, para o gestor, a equipe econômica do presidente eleito Lula (PT) precisa ser de qualidade para que tal cenário ocorra. 

“Eu acho que o Brasil está de graça, o preço está bom e o câmbio está no lugar. O Brasil não tem nenhum problema e está fazendo o papel dele”, relatou Xavier ao participar do congresso da Associação Brasileira de Venture Capital e Private Equity (ABVCAP), ocorrido nesta terça-feira (08). 

Ao falar no congresso, o executivo afirmou estar “relativamente otimista” sobre o futuro do Brasil. Na visão de Xavier, Lula sabe que foi eleito pelas forças de centro e não pela “bandeira do PT”. 

“O que nos ajudou nos últimos anos não nos ajudará nos seguintes, precisamos de pessoas e políticas que estejam em linha com a estratégia de tomar cuidado com a questão fiscal”, disse o gestor.  

Para o fundador da SPX, o Brasil se encontra “absolutamente sozinho” no universo de mercados emergentes para atrair recursos. “É só não fazermos besteira, não precisa fazer espetacularmente bem”, completou. 

“Investidor estrangeiro prefere Lula”, diz Rogério Xavier, da SPX

Rogério Xavier, sócio-fundador da gestora SPX Capital, afirmou no evento “Market Changers” que investidores estrangeiros preferem Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Jair Bolsonaro (PL).

“Não me matem, sou só o mensageiro, mas o estrangeiro tem preferência por Lula por ele ter uma agenda mais amigável do ponto de vista do meio ambiente, das ideologias de gênero, da questão das armas e da política externa. A gente, no Brasil, esgarçou demais os limites desses assuntos, dando pouca importância ao mundo e quase se isolando”, afirmou Xavier.

Ele disse que a pauta ESG (de responsabilidade ambiental, social e de governança) não “é balela”, e que investidores de fora estão de olho na questão. 

“O Brasil, por mais que pudesse ter razão nos argumentos, a maneira autoritária como colocava, que ninguém tem nada a ver com isso, que a Amazônia é nossa, foi afastando o estrangeiro. Quando olho para o Brasil de hoje — não tenho preferência política por nenhum dos dois —, vejo o investidor voltando com uma atenção maior sobre o Brasil”, explicou o fundador da SPX.

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