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Fundo de Stulhberger prega ceticismo frente a tarifas globais

“A reação recente dos mercados até aqui nos parece razoável”, referindo-se a queda de 9,6% do principal índice de bolsa americana

Fonte: reprodução
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O Fundo Verde, de Luís Stulhberger, não enxerga uma capilaridade na bolsa americana apesar da baixa no índice S&P 500 nos dias seguintes ao anúncio tarifário do presidente Donald Trump. A informação foi veiculada em carta aos acionistas do fundo na manhã desta terça-feira (8).

“A reação recente dos mercados até aqui nos parece razoável”, afirmou a equipe do fundo referindo-se a queda de 9,6% do principal índice de bolsa americana nos primeiros dias de abril. “É um clássico cenário de aversão a risco originado nos Estados Unidos”, complementou o informe.

O empreendimento de Stulhberger está cético com o pessimismo do mercado e voltou a subir posições na B3 após manter um nível de risco reduzido ao longo de março. As informações são do portal Exame. Nos EUA, o fundo fez uma nova aposta no crescimento da inflação e investe no Yuan Chinês.

Fundo define cenário como rocambolesco

O embargo norte-americano a diferentes países é considerado pelo fundo Verde como um choque de proporções históricas e resultados rocambolescos, a gestora admitiu estar surpresa com a agressividade do mandatário dos EUA: “Mesmo ilhas habitadas por pinguins foram tarifadas, ilustrando a perfeição os aspectos rocambolescos da decisão”, reforçam.

Na avaliação da gestora, o aumento da tarifa efetiva sobre importações de 2,5% para 27% com a canetada do presidente americano tende a ter um efeito parecido com o choque tarifário da Grande Depressão.

A necessidade de repassar preços num contexto de demanda desacelerando dificulta em muito a vida do Fed, aponta o Verde. “O Banco Central deve se ver preso temporariamente entre uma alta da inflação, piora de emprego e pressões políticas vindas de um presidente pouco afeito aos protocolos de um banco central independente”, dizem os gestores.

O empreendimento alerta para uma desaceleração econômica importante pela explosão de incertezas na cadeia de suprimentos. O cenário tende a paralisar a tomada de investimentos em grande parte das grandes corporações, concluem