O fundo imobiliário, Transic (TSNC11), anunciou, nesta segunda-feira, em fato relevante, que fechou a compra de R$24 milhões em imóveis em São Paulo. Após o acordo, a expectativa é que a aquisição leve um receita adicional de R$ 12,56 por cota, além disso, outro ponto que consta no comunicado é um “cap rate” de 6,84%.
Para realizar o pagamento da transação, o desembolso do fundo imobiliário terá que ser feito de forma parcelada. No contrato está previsto que o primeiro pagamento será no valor de R$ 11,5 milhões. Já o restante do montante começa a ser pago 30 dias após o vencimento do sinal. Todas as parcelas serão corrigidas pela variação positiva do IPCA.
Em questão de valores, segundo detalhado no fato relevante informado pelo FII, as parcelas variam entre R$ 730 mil e R$ 2 milhões. No total, a operação inclui um área de 2.625 metros quadrados e desses cerca de 1.667 metros quadrados de área construída.
Fundos imobiliários têm melhor desempenho em quatro anos
Os fundos imobiliários terminaram 2023 com o melhor desempenho desde 2019. Apesar de ter começado o ano mal, em dezembro o Ifix, índice que mede o desempenho dos fundos listados na Bolsa, chegou a valorização de 15%, com 3.311 pontos.
No entanto, esse resultado foi uma virada para os fundos imobiliários. Segundo apuração do Valor Econômico, após os casos de calote de varejistas, por conta dos juros elevados, o Ifix caiu e os índices só voltaram a crescer após 3 meses, em Abril de 2023.
Fábio Carvalho, sócio da Alianza, lembrou os problemas enfrentados pelos FIIs no início do ano. “Nós começamos o ano com problemas financeiros de grandes varejistas, como Americanas, Tok&Stok e Marisa, que chacoalharam o mercado de crédito privado e respingaram não só nos fundos imobiliários de recebíveis, como nos fundos de galpões logísticos, que sofreram com a ausência de pagamento de aluguéis por parte das varejistas”, disse ele.