O Fundo Verde, gerido por Luis Stuhlberger, terminou o mês de junho com perdas de 1,86%. Mesmo assim, o prestigiado fundo da Verde Asset Management acumula alta de 7,59% no ano, ante baixa de 6,3% do Ibovepa. Em uma carta enviada aos investidores, o fundo Verde disse estar estudando aumentar posições em mercados de ações fora do Brasil.
O Verde afirmou que junho foi um mês “particularmente desafiador”, devido ao clima negativo que atingiu os mercados financeiros com a alta inflação nos EUA. De acordo com o documento, esta situação “praticamente forçou o Federal Reserve americano a subir os juros em 75 bps, algo que não acontecia desde 1994”.
Além disso, afirma que “o pêndulo entre crescimentos e inflação continua oscilando com frequência cada vez maior, levando os mercados a uma maior incerteza”.
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Na visão da gestora, o Brasil “como de costume, não se ajuda”, ressaltando os impactos da PEC dos Benefícios, que “cobra um custo muito grande em prêmios de risco”. A desvalorização do real, somada às taxas de juros e o humor no País em ano de eleição levaram o Verde a reduzir suas posições em ações brasileiras.
Ao mesmo tempo, a gestora aumentou suas apostas em juros nos EUA, considerando a possibilidade de elevação das taxas. Porém, esclareceu que “continuamos comprados em inflação implícita no Brasil, em ouro e petróleo”.
O Verde tem intenções de aumentar ainda mais as posições no mercado de ações norte-americano. “Com disciplina, é bastante provável que iremos alocar capital incremental, especialmente fora do Brasil, ao longo dos próximos meses”, afirmou a gestora na carta.
De acordo com o documento, as quedas sofridas no mercado norte-americano ao longo do primeiro semestre tornaram os preços de alguns ativos mais atrativos. Mas o Fundo Verde essalta que “a desaceleração econômica à frente está apenas começando”.