Mercado

Fundo Verde reduz exposição em ações e monta posição em juros

Fundo Verde ainda reduziu venda de dólar

A Verde Asset Management, gerida por Luis Stuhlberger, informou nesta segunda-feira (9) que está com uma exposição menor em ações, tendo reduzido a carteira no Brasil e aumentado os hedges no mercado global.

Em carta de setembro, o fundo revelou ter aproveitado as altas das taxas de juros para transformar parte da posição comprada em inflação implícita no Brasil em uma posição aplicada em juros reais.

“Aproveitamos os movimentos relativos para reduzir o risco no Real e marginalmente em ações [brasileiras], e aumentar o risco em juros”, disse.

A Verde manteve a alocação tomada (que se beneficia da alta dos juros) no Japão e aplicada em juro real nos EUA. Permaneceu também uma exposição comprada que o fundo possuía na rúpia indiana contra o renminbi chinês e no peso mexicano contra o euro.

“No mercado global, continuamos tomados no Japão e aplicados em juro real nos EUA. Em moedas reduzimos risco na alocação vendida no Dólar contra o Real, e mantemos posição comprada na Rúpia Indiana contra o Renminbi Chinês e no Peso Mexicano contra o Euro”, continuou o fundo.

De acordo com a Verde, a posição em ouro foi zerada. Além disso, acrescentou ter mantido uma pequena alocação em petróleo. “As posições em crédito high yield local e global foram mantidas”, pontuou.

A Verde teve em setembro ganhos na posição de inflação implícita no Brasil, nos hedges de bolsa global, no petróleo e nas posições de moedas. As perdas vieram do ouro, do livro de bolsa local e de posições em juros em mercados desenvolvidos. A alta da composição do fundo foi de 0,85% em setembro, contra 0,97% do CDI.

Fundo Verde reduz posição de venda do dólar ante o real

Além disso, na carta de setembro, a Verde destacou que “o preço mais importante do mercado global, na grande maioria do tempo, é a taxa de juro do dólar“. Por conta disso, o fundo optou por “reduzir risco na alocação vendida no Dólar contra o Real”.

“É a partir dele [dólar] que praticamente todos os outros são derivados. Todas as taxas de desconto, ou custo de capital, ou qualquer outra forma de se descontar fluxo de caixa, das mais simples às mais sofisticadas ou esotéricas, em última instância dependem de qual é a taxa de juro da moeda mais importante. Essa lógica explica em grande medida o mês de setembro nos mercados: este tal preço mais importante do mundo subiu, e muito”, afirmou a carta da Verde.