Os fundos multimercados registraram leves ganhos em maio, ao passo que alguns gestores passaram a apostar em uma inflação maior, com o mercado atento à atuação do BC (Banco Central).
O fundo Absolute Investimentos assumiu uma posição que se beneficia da elevação da inflação implícita — a expectativa para a alta inflação embutida nos títulos públicos, devido à diferença entre os juros nominais e reais.
A gestora pontuou que há dúvidas em relação à função de reação do Copom (Comitê de Política Monetária) a partir de 2025, quando um novo presidente será indicado pelo atual governo.
Além disso, a Bahia Asset Management também passou a apostar na inflação implícita, relacionada às projeções da gestora para a movimentação da alta dos preços no curto prazo.
O núcleo da inflação subjacente de serviços “segue rodando em níveis incompatíveis com a meta”, declarou a Bahia Asset, de acordo com a “Bloomberg”. Outros fundos como Ibiúna Investimentos e Vinland Capital também estão entre os que contam com essa aposta.
Fundos de investimentos têm saques de R$ 8,8 bi em maio
Os resgates dos fundos de investimentos no período de maio alcançaram R$ 8,8 bilhões, sendo o primeiro mês negativo deste ano. Os dados são da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
O saldo já chega a R$ 151,8 bilhões positivos no acumulado de 2024. O destaque do mês foram os fundos de renda fixa, com R$ 16,3 bilhões em ingressos líquidos. Mais da metade dos números (R$ 9,7 bilhões) vieram de portfólios que investem em ativos de médio e alto risco de crédito.
Logo atrás, cerca de R$ 786,4 milhões e R$ 702,3 milhões foram captados pelos fundos de previdência e os que compram participações em empresas, respectivamente. Ao passo que os ETFs tiveram a maior captação líquida de 2024, com R$ 592,4 milhões.