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Fundos de pensão têm perdas de R$ 12,5 bi com private equity

Apenas 12% de 168 fundos conseguiram cumprir a promessa de retorno de 20% ao ano nos últimos 20 anos, segundo estudo da Pebay

Foto: CanvaPro
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Após a vitória do Brasil na briga contra a hiperinflação, há 20 anos atrás, os fundos de pensão começaram a investir em PE (private equity) e VC (venture capital). Porém, dos 168 fundos de PE e VC que receberam recursos dos fundos de pensão nesse intervalo, cerca de 46% tiveram prejuízo acumulado de R$ 12,5 bilhões. 

Alguns fundos, mais precisamente 11 deles, chegaram à situação de patrimônio líquido negativo. Geralmente, a promessa desses produtos é de retorno acima de 20% ao ano, o que apenas 12% dos 168 fundos conseguiram cumprir, segundo dados da Pebay (Private Equity Bay), uma plataforma de inteligência especializada em private equity.

O estudo da empresa considerou apenas os fundos lançados entre 2002 e 2021, com capital comprometido superior a R$ 4 milhões. Os FoFs foram desconsiderados, segundo o “InfoMoney”.

Quanto às características que esses fundos têm em comum, a Pebay citou que os produtos lançados por gestores novatos foram responsáveis por R$ 5 bilhões (40%) das perdas – um ponto relevante nisso é que mais da metade deles investiu em um único ativo. 

“É natural que nas fases iniciais de desenvolvimento da indústria houvesse pouca experiência acumulada. Mesmo nos mercados maduros há muitas novas gestoras sendo lançadas. Porém a seleção de gestoras novatas exige certos cuidados que talvez os fundos de pensão à época não tivessem ciência”, diz o relatório, segundo o veículo de notícias.

Gestoras com experiência geram outros R$ 2,8 bilhões de prejuízo aos fundos. Além disso, os fundos de pensão também utilizaram de FIPs – que acumulam perdas de R$ 2,4 bilhões – para investir no mercado de PE/VC, sem um gestor especializado. 

Na soma negativa também entram os fundos temáticos, que representam R$ 1,6 bilhão das perdas.

Brasil: otimização de fundos climáticos é principal avanço

A otimização de fundos climáticos globais é considerada a principal conquista da presidência do Brasil no G20, no campo da sustentabilidade, de acordo com diplomatas envolvidos nas negociações finais para a cúpula de chefes de Estado do grupo, que começa na próxima segunda-feira (18), não, Rio de Janeiro.

Os representantes das delegações estão reunidos desde o início desta semana para desenvolver o texto da declaração final dos líderes, discutindo pontos críticos e redigindo compromissos conjuntos.

O Brasil definiu três prioridades para sua presidência no G20: combate à fome e à desigualdade, reforma da governança global e sustentabilidade. Entre as iniciativas esperadas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá anunciar a criação de uma Aliança Global contra a Fome. Na área de reformas, o país comemora a inclusão das instituições financeiras internacionais no conjunto de organismos a serem modernizados.

“O que conseguimos foi colocar as equipes de finanças e bancos centrais dos países em diálogo direto com as equipes responsáveis ​​pelo meio ambiente e mudanças climáticas. Com isso, avançamos na área de financiamento climático, graças a essa necessária cooperação entre esses dois setores, que antes atuavam de forma isolada”, disse um dos negociadores brasileiros. As informações são do jornal Valor Econômico.