Os fundos de renda fixa no exterior bateram recorde de patrimônio líquido no mês de março, de R$ 19,3 bilhões, segundo dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
O aumento da procura é impulsionado pela busca de investidores pela diversificação da carteira e por um momento mais favorável do mercado.
O valor registrado no mês passado é mais de três vezes maior do que o observado no mesmo período em 2023.
As captações líquidas em fundos do tipo também ganharam tração no primeiro trimestre deste ano e chegaram a R$ 9,7 bilhões ante R$ 146,46 milhões um ano antes.
O número, porém, leva em conta uma movimentação atípica em um único fundo vista em fevereiro, segundo a Anbima. Desconsiderando esses efeitos, os depósitos líquidos nos três primeiros meses do ano chegam a R$ 603,8 milhões, o que também representa uma alta em relação ao mesmo período do ano anterior.
Fundos no 1º TRI tem segundo melhor resultado em 5 anos
A captação de fundos de investimentos teve, no primeiro trimestre de 2024, o segundo melhor resultado nos últimos cinco anos, de acordo com a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
O saldo positivo – com os depósitos superando os resgates – foi de R$ 105 bilhões. No mesmo período de 2023, o saldo foi negativo em R$ 73,4 bilhões.
As aplicações de renda fixa tiveram captação líquida positiva em R$ 131,7 bilhões, principalmente os com perfil de crédito privado.
Em janeiro e fevereiro, último dado disponibilizado pela Anbima, essas aplicações receberam R$ 67,7 bilhões. O patrimônio líquido total atingiu R$ 843,5 bilhões, sendo 38% concentrados nos que têm mais de 70% da carteira em papéis corporativos.
Os fundos concentrados em papéis de infraestrutura acumulam captação líquida de R$ 22,2 bi de janeiro a março e patrimônio líquido de R$ 86,7 bilhões.
Em relação aos fundos de ações, o saldo ficou negativo em R$ 2,1 bilhões. Entre janeiro e março de 2023, havia ficado no vermelho R$ 22,2 bilhões.
Já os multimercados registraram saída líquida de R$ 28,2 bilhões, também melhor que o registrado no primeiro trimestre do ano passado (negativo em R$ 33,7 bilhões).
Após o desastre vivido em 2023, com eventos da Light (LIGT3), Americanas (AMER3) e outras organizações, os fundos que alocam em ativos de crédito deram a volta por cima. No acumulado do primeiro trimestre, a captação líquida (depósitos menos resgates) em fundos de renda fixa com crédito na carteira chegou a R$ 31 bilhões.