Fundos imobiliários fecham no ‘azul’ pela primeira vez em 2023

Nesta sexta-feira (28), em mais de um ano os FIIs tiveram seu melhor dia

O Índice de Fundos Imobiliários (Ifix) da B3 (B3SA3) disparou no pregão desta sexta-feira (28), o último de abril, e fechou em alta de 1,10% (após ajustes). O registro é o maior ganho percentual desde fevereiro de 2022, aos 2.858 pontos. Com o desempenho de hoje, o Ifix encerrou em alta pela terceira semana seguida (+1,57%), como informou o “Money Times”.

No dia, entre os fundos imobiliários listados no índice, o destaque mais uma vez ficou com os fundos de papel. O Versalhes Recebíveis (VSLH11) disparou 9,93%, enquanto o Hectare CE (HCTR11) subiu 5,04%, liderando os ganhos. Por outro lado, o Devant Recebíveis (DEVA11) exibiu a maior queda, de 1,24%.

No entanto, na semana, ainda segundo o jornal, o Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11) exibiu a maior valorização, de 7,99%. Todavia, o Tordesilhas EI (TORD11) recuou 6,15% entre segunda-feira e hoje.

Ifix encerra no ‘azul’ pela primeira vez no ano

O índice referência do setor registrou sua primeira alta mensal de 2023 – e a primeira desde outubro do ano passado – valorizando 3,52%. “Essa é a terceira maior alta mensal dos últimos três anos”, comentou ao Money Times o head de real estate na VBI Real Estate, Ricardo Vieira,

Ele destaca que destrinchar o Ifix pode levar a conclusões ainda mais otimistas acerca do tão aguardado início da recuperação dos fundos imobiliários. Ainda que a indústria não tenha recuperado integralmente as perdas desde o início da pandemia de covid-19.

“Cabe observar o movimento dos fundos de tijolo que respondem praticamente pela metade do índice. Esses FIIs, especialmente os com melhores fundamentos imobiliários em termos de localização, especificações técnicas e maiores taxas de ocupação, continuam com preços atrativos”, avaliou.

FIIs de tijolo foram destaque

O especialista comentou ao “Money Times” que os FIIs de tijolo se destacaram no mês porque os fundos de papel, que ganharam espaço nos últimos anos como forma de proteção à alta da inflação e da taxa Selic (taxa básica de juros), estão sob pressão.

“Isso nos últimos meses devido a casos de default concentrados em fundos high yield de gestoras de um mesmo grupo econômico e em papéis que não são encontrados em outros FIIs do segmento de CRI”, disse.

No mês, o fundo que exibiu a maior valorização foi o Vinci Imóveis Urbanos (VIUR11), de 22%. Em contrapartida, a disparada do Versalhes nesta sexta-feira não aliviou o FII de um tombo de 23,60%, seguido do REC Logística (RELG11), de 22,81%.

Acesse a versão completa
Sair da versão mobile