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Fiagros: captação avança em maio e preços agrícolas pressionam fundos

Os Fiagros-FIP (Fundos de Investimentos em Participações) foram responsáveis pela maior captação líquida em maio

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Fiagro / Foto: Freepik

Os depósitos líquidos (entradas menos saídas) de Fiagros (fundos que investem nas cadeias produtivas agroindustriais) somaram R$ 88,4 milhões em maio, representando um crescimento em relação à captação líquida de R$ 39,0 milhões em abril. Os dados foram divulgados pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).

Os Fiagros-FIP (Fundos de Investimentos em Participações) foram responsáveis pela maior captação líquida em maio, somando R$ 59,5 milhões, enquanto os Fiagros-FII (Fundos Imobiliários) chegaram a R$ 20,9 milhões, e os Fiagros-FIDC (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) captaram R$ 8 milhões, conforme dados da Anbima.

No acumulado do ano, as entradas líquidas em Fiagros já somam R$ 652,3 milhões.

Mesmo que haja mais captação do que saídas ao longo deste ano, é possível observar, de acordo com o “InfoMoney”, uma contração expressiva das entradas líquidas na comparação com os mesmos meses de 2023.

Em abril de 2023, quando os depósitos líquidos em Fiagros chegaram às suas máximas, o montante foi de R$ 962,3 milhões. Um mês depois, em maio, as entradas líquidas somaram R$ 521,6 milhões.

Cerca de 90% dos Fiagros enfrentam desvalorização neste ano

Os Fiagros, fundos de investimento nas cadeias produtivas agroindustriais, enfrentam um momento delicado no mercado, uma vez que o setor agro enfrenta dificuldades devido à queda nos preços das commodities e ao aumento dos custos. 

Esta combinação tem resultado em um aumento significativo nos pedidos de recuperação judicial no setor, refletindo em uma queda generalizada dos ativos.

De acordo com um levantamento realizado pela Bloxs Capital Partners a pedido do Valor, aproximadamente 88% dos Fiagros apresentam desempenho negativo no mercado secundário, ou seja, tiveram uma queda no valor de mercado no acumulado do ano. 

Em média ponderada, a queda desses ativos é de 8,48%.

A maioria dos Fiagros é formada por certificados de recebíveis agrícolas (CRAs) de produtores rurais ou empresas relacionadas ao setor, como cooperativas, fornecedores de insumos, frigoríficos e indústrias de laticínios. 


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