Ifix

FIIs acompanham mau humor do mercado e têm pior dia em dois anos

O Ifix (índice de FIIs mais negociados na Bolsa) encerrou sessão com forte queda de 0,97%

Foto: Divulgação
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O Ifix (índice de FIIs mais negociados na Bolsa) acompanhou o mau humor do mercado financeiro nesta quinta-feira (28) e encerrou sessão com forte queda de 0,97%, para 3.140 pontos. Este foi o pior desempenho desde 17 de novembro de 2022, quando o índice registrou uma queda de 1,73%.

O resultado do indicador de FIIs (Fundos de Investimentos Imobiliários) refletiu a percepção negativa do mercado em relação às recentes medidas de contenção de gastos anunciadas na noite de quarta-feira (27) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).

Segundo Haddad, as medidas deverão gerar uma economia superior a R$ 70 bilhões nos próximos dois anos.

Dos 114 FIIs que compõem o Ifix, apenas 10 encerraram a sessão no campo positivo. Segundo “InfoMoney”, o BTG Pactual Corporate Office Fund (BRCR11) liderou as quedas do dia, com perda de 3,28%.

Na semana, o índice dos Fundos de Investimentos Imobiliários acumula queda de pouco mais de 1,1%. Em novembro, a baixa já chega a 2%, enquanto, no acumulado de 2024, o indicador registra perdas de 5,6%.

Setor imobiliário vê nova ameaça aos aluguéis e FIIs com Reforma Tributária

Apesar de só entrar totalmente em vigor a partir de 2035, a Reforma Tributária – no texto atual – tem preocupado agentes do setor imobiliário, que veem um aumento na carga tributária e impacto sobre os aluguéis, consequentemente afetando a captação dos FIIs.

O texto, que já passou por regulamentação na Câmara dos Deputados e aguarda trâmite no Senado, na verdade prevê uma redução especial de 60% sobre os novos impostos no setor. No entanto, especialistas afirmam que a porcentagem não é o suficiente e, se seguir como está, deve encarecer significativamente a locação de imóveis. 

Para o advogado e fundador da Larafy Contabilidade, Waldir de Lara, os FIIs (Fundos de Investimentos Imobiliários) devem ver sua captação de novos recursos sofrer um desestímulo, “uma vez que os investidores buscarão alternativas que ofereçam maior retorno com menor carga tributária”.