A captação de fundos de investimentos teve, no primeiro trimestre de 2024, o segundo melhor resultado nos últimos cinco anos, de acordo com a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
O saldo positivo – com os depósitos superando os resgates – foi de R$ 105 bilhões. No mesmo período de 2023, o saldo foi negativo em R$ 73,4 bilhões.
As aplicações de renda fixa tiveram captação líquida positiva em R$ 131,7 bilhões, principalmente os com perfil de crédito privado.
Em janeiro e fevereiro, último dado disponibilizado pela Anbima, essas aplicações receberam R$ 67,7 bilhões. O patrimônio líquido total atingiu R$ 843,5 bilhões, sendo 38% concentrados nos que têm mais de 70% da carteira em papéis corporativos.
Os fundos concentrados em papéis de infraestrutura acumulam captação líquida de R$ 22,2 bi de janeiro a março e patrimônio líquido de R$ 86,7 bilhões.
Em relação aos fundos de ações, o saldo ficou negativo em R$ 2,1 bilhões. Entre janeiro e março de 2023, havia ficado no vermelho R$ 22,2 bilhões.
Já os multimercados registraram saída líquida de R$ 28,2 bilhões, também melhor que o registrado no primeiro trimestre do ano passado (negativo em R$ 33,7 bilhões).
Fundos de crédito captam R$ 31 bi líquidos no 1º trimestre
Após o desastre vivido em 2023, com eventos da Light (LIGT3), Americanas (AMER3) e outras organizações, os fundos que alocam em ativos de crédito deram a volta por cima. No acumulado do primeiro trimestre, a captação líquida (depósitos menos resgates) em fundos de renda fixa com crédito na carteira chegou a R$ 31 bilhões.
O valor corresponde a quase um quarto, cerca de 24%, dos depósitos líquidos realizados em fundos de renda fixa, que chegaram a R$ 131,7 bilhões entre janeiro e março de 2023. A classe foi a de maior destaque em termos de entradas líquidas no período.
Os dados foram baseados num levantamento da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos mercados Financeiro e de Capitais).
O volume alocado em fundos de crédito foi maior que o visto no último trimestre de 2023, quando houve entradas líquidas de R$ 27,5 bilhões.
O destaque para os fatores que auxiliaram na captação são os retornos oferecidos pelos produtos. Os fundos de renda fixa com duração média crédito livres chegaram a ter ganhos médios de 3,33% no primeiro trimestre do ano.