A gestora de investimentos Vinci Compass, encerrou a captação do seu quarto fundo de private equity (forma de investimento privado em empresas com potencial de crescimento a médio e longo prazo) com um montante de R$ 3,2 bilhões.
É o maior veículo da história da empresa, mesmo com um ano difícil para o mercado, o último fundo teve captação de R$ 2,7 bilhões. O câmbio auxilia na quantia pois o fundo também captou investimentos no exterior, contudo, esse foi o veículo com maior participação de investidores institucionais brasileiros, de acordo com o portal Pipeline.
“Cerca de 70% da arrecadação sempre foi estrangeiro, entre fundos de pensão asiática, endowments (fundo patrimonial) europeus, institucionais americanos. Eles seguem aportando, mas o que vimos numa escala muito maior desta vez foi a participação do investidor institucional local” falou Gabriel Felzenszwalb, sócio da Vinci Compass e co-head de private equity.
Investidor nacional em destaque
A porcentagem que ficava em torno de 30%, chegou a quase 50%, puxado principalmente por RPPS (Regime Próprio de Previdência Social), enquanto grandes fundações seguem com baixo investimento nessa categoria.
“Para nós é ótimo porque esse retorno fica no Brasil e, no fim do dia, o passivo é em reais” destacou o sócio.
Segundo Felzenszwalb, 92% do retorno do VCP, uma taxa de 48% ao ano em dólar, vem do resultado do crescimento de empresas investidas, não da apreciação de múltiplos.
O investidor estrangeiro está mais preocupado com o retorno em curto prazo do que a taxa de retorno histórico. “Vender Brasil tem sido mais difícil, o estrangeiro reclama muito da volatilidade do câmbio e a moeda acaba resumindo muito da opinião sobre o país”, diz Carlos Eduardo Martins, co-head de private equity.
Vinci Partners fará investimento milionário em rede da Bahia
A rede baiana O Varejão Autopeças anunciou em seu Instagram, nesta sexta-feira (20), uma transação que envolve investimentos da gestora Vinci Partners na empresa . Segundo informações do site “Pipeline”, a Vinci está comprando uma participação de 55% na rede por R$ 110 milhões.
O investimento ainda depende de aprovação Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e não deve mudar o cotidiano da empresa, afirmou O Varejão, já que o CEO, Hugo Santiago, agora tornando-se também sócio, vai continuar no comando.
“O investimento tem o intuito de acelerar nosso crescimento, permitindo a expansão do negócio e o aperfeiçoamento do serviço que prestamos aos nossos clientes“, afirmou a companhia, em nota.
Contatado pelo BP Money, o CEO do Varejão Autopeças, Hugo Santiago, preferiu não se manifestar, uma vez que a transação ainda não foi aprovada pelo Cade.
O Varejão Autopeças atua no mercado de acessórios automotivos e revisão de veículos na Bahia. A companhia está recebendo investimentos do fundo Vinci Impacto e Retorno IV e outros veículos da gestora, segundo o “Pipeline”.